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Confusão na Barreto Campelo termina com morte de um presidiário

Publicado em: 29/08/2019 09:28

Morte aconteceu na tarde dessa quarta (28) - Foto: Annaclarice Almeida/Acervo DP/D.A Press
Um presidiário foi morto durante um tumulto na penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife. O caso aconteceu na tarde dessa quarta-feira (28). A confusão aconteceu em decorrência de uma mobilização pacífica dos detentos, que pediam mais agilidade nos processos judiciais.

De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o ato começou pela manhã. Durante a tarde, começou o tumulto. Os agentes penitenciários conseguiram controlar a situação, mas o presidiário Everty Liberato da Silva Barros, de 30 anos, apareceu sem vida. “Um procedimento administrativo foi aberto para apurar as circunstâncias em que ocorreu a morte do detento”, diz a pasta, em nota.

Ainda, a Seres explica que a demora no avanço dos processos judiciais ocorre por conta de uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pede que as varas de execuções penais usem sistemas eletrônicos de processos. Como a maioria ainda utilizava papelada, a transição para o novo sistema torna-se lenta, algo que “está dificultando o andamento dos processos”.

Brigas na cadeia
Há dois meses, outras confusões dentro da Barreto Campelo terminaram em morte. A primeira ocorrência foi em 26 de junho, quando três detentos discutiram. Um deles morreu e os outros dois se feriram. Menos de 15 dias depois, em 8 de julho, outra confusão envolvendo três homens resultou em uma morte.

Em ambos os casos, havia arma de fogo presente e a Seres se viu obrigada a realizar transferências para outras cadeias. Questionada pelo Diario, na época, a Seres afirmou que estava “reforçando a segurança das unidades prisionais do Estado com a aquisição de sistemas de inspeção de bagagens por raios-X, portais detectores de metal, banquetas de inspeção, detectores de metal manual, scanners corporais e coletes balísticos” e que “todos esses equipamentos são usados para evitar a entrada de materiais ilícitos nas unidades”.

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