Ministros do STF rejeitam por unanimidade anular delação de Mauro Cid
Quinto e último a votar, Zanin rejeitou todas as questões preliminares levantadas pelas defesas
Publicado: 11/09/2025 às 17:44

O ministro Cristiano Zanin. (Foto: Antonio Augusto/STF)
O ministro Cristiano Zanin realiza, na tarde desta quinta-feira (11), o seu voto sobre o julgamento da ação penal que tramita contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por participação em trama golpista. Quinto e último a votar, Zanin rejeitou todas as questões preliminares levantadas pelas defesas, entre elas o pedido para anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Eu fiz uma leitura e uma análise atenta de todos os depoimentos e me parece que havia por parte do colaborador a intenção de cumprir aquilo que foi acordado com a Polícia Federal”, diz Zanin.
“Não vejo aqui nenhum tipo de vício nessa colaboração, na esteira de todos os votos que me antecederam”, completa.
A decisão é semelhante a dos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Até o momento, só o ministro Luiz Fux abriu divergência e acatou todas as teses da defesa, exceto sobre a colaboração de Mauro Cid, à qual foi favorável.
O ministro, que é presidente da Turma, também foi contrário às alegações de cerceamento de defesa e da competência do Supremo para julgar o caso.
Com o voto da ministra Cármen Lúcia, quarta a votar, a Primeira Turma da Suprema Corte chegou ao placar de 3 a 1 e já tem maioria para considerar culpado o chamado núcleo 1 – formado pelo próprio Bolsonaro, por militares de alta patente e por civis do primeiro escalão de governo.

