João Campos aponta falta de diálogo sobre a concessão de serviços da Compesa
Investimento previsto pelo Estado é de R$ 18,9 bilhões; Concessão de serviços da Compesa tem duração de 35 anos
Publicado: 09/08/2025 às 12:50

João Campos admitiu que esse é o modelo que vem sendo adotado em todo o mundo, mas que existe o desafio em relação ao formato da concessão (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
O modelo de concessão de serviços da Compesa, que vem sendo tratado pelo Governo do Estado, recebeu críticas do prefeito do Recife, João Campos PSB, neste sábado (9). Apesar de a Região Metropolitana estar fora do projeto estadual, Campos disse que faltou mais diálogo com os prefeitos, já que os contratos entre a empresa fornecedora de água são feitos com os municípios. Segundo ele, uma das principais reclamações que se ouve nas ruas é sobre a falta d’água nas torneiras.
O investimento previsto pelo Estado é de R$ 18,9 bilhões com a concessão tendo duração de 35 anos. O projeto estabelece a concessão da distribuição da água e o tratamento do esgoto.
João Campos admitiu que esse é o modelo que vem sendo adotado em todo o mundo, mas que existe o desafio em relação ao formato da concessão. “Os grandes clientes são as cidades. As cidades precisariam ter um papel mais ouvido nesse processo porque, na prática, é onde o serviço acontece. Eu percebo que houve uma desejo de velocidade e de pouca escuta. Um contrato desse tamanho de bilhões de outorga e bilhões de operação e um contrato de muitos anos é algo que precisa ser muito mais escutado e maior participação para fazer com que ele saia bem feito. Porque isso não é tarefa de governo a tarefa do Estado”, ressaltou.
O prefeito da Capital ressaltou esperar que as questões mais críticas dessa concessão de serviços da Compesa sejam corrigidas. “Depois que faz uma concessão e assina o contrato, aquilo está feito por 30 anos e tem pontos muito críticos. A exemplo da intermitência, onde você não tem um fator específico que garante a meta da intermitência de abastecimento nas cidades. Ela é feita por ocorrência e não não por dia,
então isso faz toda diferença”, alertou.
João Campos assinalou que quem anda na rua sabe que as pessoas vão reclamar se tem de falta de água ou tem água. Isso é um dos indicadores mais mal formulados da concessão hoje”, afirmou.

