° / °

Política
CPI

Dani Portela: "Feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas"

Deputada Dani Portela respondeu, em nota, crítica realizada pela também deputada Débora Almeida

Diario de Pernambuco

Publicado: 06/08/2025 às 00:36

Deputada estadual Dani Portela (PSOL)/Foto: Jarbas Araújo/Alepe

Deputada estadual Dani Portela (PSOL) (Foto: Jarbas Araújo/Alepe)

A deputada Dani Portela (Psol), autora do requerimento que solicitou a instalação da CPI que investigará os contratos de publicidade, respondeu as críticas da deputada Débora Almeida (PSDB). Integrante da base governista, Débora, ao defender a governadora Raquel Lyra (PSD) após a aprovação da abertura da CPI na Assembleia Legislativa, afirmou que Dani teria uma “militância seletiva” em relação a mulheres da política.

Em nota, a deputada Dani ressaltou que é "uma parlamentar feminista e entendo que o feminismo também passa por respeitar as mulheres como sujeitos políticos, dotadas de capacidade de decisão e de autonomia". A deputada ainda pontuou que "o feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas". "Isso sim é seletividade", disse.

Confira o texto na íntegra:

"Sou uma parlamentar feminista e entendo que o feminismo também passa por respeitar as mulheres como sujeitos políticos, dotadas de capacidade de decisão e de autonomia. Uma das bandeiras que levo com mais firmeza é o enfrentamento à violência política de gênero, inclusive porque eu mesma já fui alvo desse tipo de violência diversas vezes. Tanto que sou autora da Lei nº 18.593, de 6 de junho de 2024, que trata justamente desse tema.

Mas é importante dizer: críticas políticas ou o exercício da função fiscalizadora por parte de parlamentares não podem ser confundidos com violência. O feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas. Isso sim é seletividade. Ser mulher não blinda ninguém do debate público, muito pelo contrário. As feministas ocupam e pautam o debate público. A própria governadora já foi, em diversas ocasiões, criticada por movimentos feministas, especialmente diante da fragilidade e ineficiência das políticas para as mulheres no estado.

Reivindicar o feminismo exige mais do que palavras, exige prática política comprometida com essa agenda. Eu trabalho, todos os dias, para colocar isso em ação. O questionamento que fica é, podemos dizer o mesmo de quem só recorre ao feminismo por conveniência?"

Mais de Política