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Eleições do PT: veja raio-x das disputas no Recife, em Pernambuco e no Brasil

A eleição do Partido dos Trabalhadores (PT) acontece neste domingo (6); em Pernambuco, legenda está presente em 158 dos 184 municípios

Cecilia Belo

Publicado: 06/07/2025 às 13:20

Membros do Partido dos Trabalhadores/Henrique Lima/PT-PE

Membros do Partido dos Trabalhadores (Henrique Lima/PT-PE)

A eleição do Partido dos Trabalhadores (PT), que acontece neste domingo (6), vai renovar os comandos municipais, estaduais e nacional. Esta é a primeira vez em mais de dez anos que o PT volta a realizar eleições diretas em todas as instâncias.

O Processo de Eleição Direta (PED) 2025 mobiliza filiados em todo o país com o objetivo de fortalecer a participação de suas bases e ajustar as estratégias da legenda para o próximo ciclo eleitoral. Em Pernambuco, o partido está presente em 158 dos 184 municípios.

A votação neste domingo acontece de forma presencial, até às 17h, em diversos locais. O afiliado consulta sua zona de votação no site. Há ainda possibilidade de um segundo turno em 20 de julho.

O processo culmina com o Encontro Nacional entre 1º e 3 de agosto, quando as novas direções tomarão posse e definirão os rumos do partido para os próximos anos.

 

Eleição em Pernambuco

“O PT tem um processo de eleição direta que faz com que ele exerça na sua plenitude a sua democracia interna. Os filiados votam para todos os cargos nas diversas instâncias do partido”, explicou o presidente do PT Pernambuco, Doriel Barros, ao Diario.

Em Pernambuco, a disputa gira em torno do deputado federal Carlos Veras, que conseguiu apoio da maioria dos pré-candidatos inicialmente lançados. Com cinco desistências a seu favor, Veras enfrenta apenas o ex-deputado federal Fernando Ferro, que manteve sua candidatura.

O parlamentar diz que a unidade construída é essencial para ampliar o diálogo com as bases e projetar a legenda para os desafios das eleições municipais de 2026, além de garantir suporte à reeleição do presidente Lula.

Já na capital pernambucana, o cenário mudou após o presidente do diretório municipal, Cirilo Mota, anunciar que não buscará a reeleição. Ele declarou apoio ao vereador Osmar Ricardo, numa tentativa de unificar forças dentro do partido.

Mesmo assim, seguem na corrida Jairo Britto, ligado à tendência majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB); o cientista político Pedro Alcântara, e a secretária da Mulher do PT, Paula Menezes. Osmar tenta costurar alianças, enquanto lideranças locais apostam em entendimento para evitar divisões.

Disputa nacional

No plano nacional, quatro candidatos representam diferentes visões de partido. Edinho Silva, próximo de Lula e ligado à CNB, defende fortalecer o trabalho de base e preparar o PT para a transição política futura.

Por sua vez, Rui Falcão aposta em núcleos comunitários para ampliar a presença do partido em áreas urbanas e propõe um planejamento estratégico para o Brasil.

Os outros candidatos são Romênio Pereira, que quer reaproximar o PT dos pequenos municípios e segmentos historicamente ligados à sigla, e Valter Pomar, que busca recolocar a luta pelo socialismo no centro do debate, propondo mudanças estruturais como reformas agrária e trabalhista.

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