Após alerta do TCE, Prefeitura de Gravatá diz que primeira-dama participou de shows como "cidadã e integrante da gestão pública"
A prefeitura de Gravatá negou ato de promoção pessoal ou uso indevido de recursos públicos na participação da primeira-dama nos shows de João Gomes e Wesley Safadão
Publicado: 26/06/2025 às 12:22

Viviane Facundes e Wesley Safadão. (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Após ser alertada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), a Prefeitura de Gravatá, no Agreste pernambucano, divulgou nota para contestar, nesta quinta-feira (26), as suspeitas de promoção indevida da primeira-dama Viviane Facundes, que cantou com artistas famosos durante São João da cidade.
Casada com o prefeito Joselito Gomes (Avante), Viviane também ocupa o cargo de secretária de Obras de Gravatá e está cotada para disputar vaga de deputada estadual em 2026. Durante os festejos juninos, ela subiu ao palco e cantou com artistas como Wesley Safadão e João Gomes – o que motivou o alerta da Corte de Contas de que a ação poderia ser "interpretada como ato de promoção pessoal financiado com recursos públicos".
Na nota, a Prefeitura de Gravatá nega “qualquer ato de promoção pessoal ou uso indevido de recursos públicos”, diz que a denúncia apresentada ao TCE-PE foi feita por um “adversário político local”, o vereador suplente Ricardo Loureiro Malta Filho (PSB), e que a festa “destacou exclusivamente a cultura nordestina (...) sem uso de símbolos, slogans, discursos ou elementos visuais associados a agentes públicos”.
Também alega que Viviane “esteve presente nos eventos como cidadã e integrante da gestão pública, tal como diversas outras autoridades e membros da comunidade, sem qualquer pronunciamento institucional ou referência a possível candidatura”.
As apresentações da primeira-dama foram filmadas e repercutiram nas redes sociais. “Sua interação espontânea com artistas se deu no mesmo contexto em que outros participantes também foram convidados ao palco, como é natural e comum nas festividades populares”, diz a nota.
Alerta de responsabilização
O alerta de responsabilização foi emitido dentro do processo de medida cautelar, ainda em análise, que pedia que a primeira-dama fosse impedida de subir nos palcos durante o São João. Como os eventos já ocorreram, o conselheiro do TCE não terá como deferir o pedido, mas poderá, por exemplo, determinar a abertura de uma auditoria para apurar o caso.
Na nota, a Prefeitura diz que apresentou defesa técnica na Corte de Contas para demonstrar a “inexistência de qualquer ato vinculado ao exercício das funções da secretária durante os eventos, bem como a total ausência de dolo, má-fé ou finalidade eleitoral”.
“A Prefeitura de Gravatá reitera seu compromisso com a transparência, o respeito ao erário e à cultura popular, e seguirá adotando as medidas necessárias para defender a honra de seus agentes públicos e o bom nome da cidade”, afirma.

