"2006 era outra conjuntura", diz Teresa Leitão sobre ‘dois palanques’ de Lula
Senadora também relembrou eleição de 2022 e avaliou que vários candidatos podem apoiar Lula em 2026, mas sua aliança é com o PSB
Publicado: 02/06/2025 às 16:41

Senadora, Teresa Leitão (Rafael Vieira)
A senadora Teresa Leitão (PT) afastou a possibilidade da governadora Raquel Lyra (PSD) e do prefeito do Recife, João Campos (PSB), dividirem o mesmo palanque do presidente Lula nas eleições de 2026 da mesma forma que Eduardo Campos e Humberto Costa (PT) fizeram 19 anos atrás, quando eram candidatos ao Governo de Pernambuco.
A possibilidade foi levantada pelo próprio presidente da República no último domingo (1), durante o congresso do PSB Nacional, ao afirmar que os partidos deveriam trabalhar com a possibilidade de dois palanques em “alguns estados”, utilizando as eleições de 2006 como exemplo.
Para Leitão, o contexto dos processos eleitorais são diferentes. “Acho que o que Lula fez foi comparar a conjuntura atual com 2006, que não é a mesma. E o que vai ser dos palanques dele aqui ainda está muito indefinido. Acho que a única definição que temos é o apoio a ele do PSB e vice-versa”, afirmou, ao Diario de Pernambuco.
“Em 2006, tanto Humberto quanto Eduardo faziam oposição a Mendonça Filho, que era o candidato de Jarbas, e que achavam que iria para o segundo turno com Humberto ou com Eduardo, como de fato foi. E os dois se juntariam no segundo turno”, acrescentou.
A senadora avaliou, ainda, que Pernambuco pode ter diversos palanques apoiando Lula, mesmo que ele não suba em todos, como aconteceu em 2022. “Se vai ter outros palanques, pode ter até o do PSOL, como teve na eleição passada. Lula teve três, o de Danilo Cabral, o de Marília Arraes e o de Dani Portela, mas o candidato dele foi Danilo”, reforçou.
Apesar de discordar da “comparação”, Leitão acredita que o presidente não teria dado essa declaração sem ter ciência de seu impacto. “Lula é um sábio. Ele sabe porque ele disse o que disse”, pontuou.

