Álvaro Porto dispara contra Governo após novo esvaziamento da Alepe
Líder governista, Socorro Pimentel justificou esvaziamento do plenário como resposta ao "atropelo" da tramitação do pedido de empréstimo
Publicado: 27/05/2025 às 23:16

Presidente da Alepe, Álvaro Porto repudiou esvaziamento do plenário pelos governistas (Foto: Nando Chiappetta/Alepe)
A bancada governista esvaziou, mais uma vez, o plenário da Assembleia Legislativa (Alepe) na última terça-feira (26), novamente adiando a votação de Moshe Dayan para a presidência da Adagro. O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), criticou a movimentação e acusou a governadora Raquel Lyra (PSD) de “trancar a pauta”. A líder do Governo, Socorro Pimentel (UB), defendeu o esvaziamento como uma resposta à tramitação do pedido de empréstimo do Palácio ter sido “atropelada”.
A obstrução da sessão aconteceu horas depois de um café da manhã entre Raquel e os líderes partidários da bancada governista, que culminou na formação de um grupo de trabalho para, segundo nota à imprensa, “colaborar institucionalmente no destravamento da pauta legislativa e na superação de impasses”.
Álvaro Porto questionou a estratégia do grupo de trabalho. “Não sei que objetivo é esse, que diálogo é esse. Estamos vendo um governo que não tem diálogo ou está perdido, sem saber para onde vai. Dois anos de mandato e esse Governo não disse para o que veio”, disparou.
“Com a gripe aviária batendo na porta, o Governo vira as costas para quem trabalha no setor. Se a doença chegar aqui sem o presidente da Adagro nomeado, o único culpado é o Governo do Estado”, criticou Porto. Este foi o segundo adiamento da votação por falta de quórum. A pauta será retomada nesta quarta-feira (28).
Resposta do Governo
Procurado pela reportagem, o Palácio do Campo das Princesas não se pronunciou sobre a obstrução da sessão plenária. A posição veio através da líder governista. Socorro Pimentel assumiu a autoria da estratégia, que descreveu como “resposta firme diante de mais uma tentativa de atropelar a ordem de tramitação de matérias relevantes”.
“É fundamental que todas as matérias recebam o mesmo grau de atenção e prioridade, desde a sabatina do indicado pelo Governo do Estado para administrar Fernando de Noronha até a análise do empréstimo de R$ 1,5 bilhão, que tem impacto direto no desenvolvimento de Pernambuco”, disse, em nota.

