Pela primeira nos playoffs da Superliga, equipe de vôlei vira xodó de Juiz de Fora

O Juiz de Fora, classificado pela primeira vez para os playoffs da Superliga Masculina de Vôlei, é a sensação do torneio esse ano. A equipe da Zona da Mata está em sexto lugar, garantiu sua vaga antecipadamente e virou o assunto da cidade. A empolgação é tanta que os times de futebol Tupi – que disputa a Primeira Divisão do Mineiro – e Tupynambás – no Módulo II – ficaram em segundo plano. Nas ruas, nas escolas, nos bares, o que se discute é vôlei. Minas Gerais terá as quatro equipes nos playoffs pela primeira vez na história da competição – Cruzeiro, Minas, Montes Claros e Juiz de Fora.

Neste sábado, às 18h, o Juiz de Fora joga em casa contra o Montes Claros, e o pensamento é terminar a etapa entre os quatro primeiros. Para o técnico Henrique Furtado, o objetivo é difícil de ser alcançado, mas não impossível. “Nosso time tem como fator de destaque o fato de nosso jogo ter se encaixado. O levantador, Rodrigo, combina com o oposto, Renan, assim como o líbero Fábio Paes tem sido fundamental, como o outro da posição, o Juan, que é filho do Marcelo Mendez, técnico do Cruzeiro”, diz.

A história do JF nesses seis anos, mudou muito. Primeiro, o time era patrocinado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mas desde o ano passado, o time tornou-se independente e conta agora com novos patrocinadores. Por isso, as contratações, segundo o coordenador da equipe, Maurício Bara, foram pontuais. “São cinco jogadores que já competiam, Renan, Fábio Paes, Diego, Ricardo e Rodrigo. Os demais, 12, eram integrantes do time do Cruzeiro, campeões da Superliga B e pegamos, também, o técnico Henrique.”

O time passou a se destacar. Do chamado “saco de pancadas”, nos anos anteriores, é agora uma equipe sólida, que vence dentro e fora de casa. Além disso, tem o maior pontuador da Superliga, o oposto Renan, com 381 pontos.

E, para ele, a temporada atual é a melhor de sua carreira. “Não pensava que seria tão boa assim. Imagina, ser o maior pontuador da Superliga? Não podia pensar nisso. Mas quando cheguei aqui, tudo deu certo. Meu jogo encaixou com o do Rodrigo, levantador. Além disso, o jogo de todo o restante do grupo encaixou. Mas acho que o fato de pensar um jogo de cada vez, o que é comum em todos nós, é a causa de nosso sucesso.”

Renan começou a temporada no Cruzeiro. Participou da conquista do tri mundial e depois do torneio foi emprestado para o Juiz de Fora. Ex-jogador da Seleção Brasileira, vê agora sua maior chance de voltar. “Juro que quando cheguei aqui não pensava nisso, mas agora, sendo o maior pontuador da Superliga, vejo como minha maior chance. Mas sei que não estou fazendo nada sozinho, pois tenho tento todos esses companheiros para me ajudar. Esse grupo é diferenciado. Pra se ter uma ideia, a maioria tem ainda 20 anos. Tenho de jogar bem e só.”

Para o jogo deste sábado, O técnico Henrique já definiu o time com Rodrigo, Renan, Diego, Bruno, Ricardo, Rammé e os dois líberos, Fábio Paes e Juan. “Uso os dois, um no passe e outro na defesa. Isso tem dado certo”, explica. Também neste sábado, no Paraná, às 18h, Maringá x Minas, e em Contagem, às 20h15, Cruzeiro x Sesi-SP.

Feminino

Este sábado é dia de clássico no toneiro feminino da Superliga. O vice-líder Praia enfrenta o Minas, às 14h (RedeTV), em Uberlândia. O time da capital está na quinta posição e quer terminar entre os quatro primeiros, para ter vantagem nas quartas de final.