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REFENO
De volta ao Recife para a Refeno, Lars Grael a coloca como a regata mais importante do país
Medalhista olímpico será tripulante do Moreneh e terá outros atletas olímpicos como companheiros
Publicado: 29/09/2017 às 20:13

[SAIBAMAIS]“Em 1998 tive meu acidente e achei que minha carreira esportiva tinha acabado. Em 1999, vim competir a regata pelo Bahia e era um barco imbatível. Mas passei a me dedicar mais a vida pública. Fui secretário nacional de esportes e sempre escutava falando da Refeno e voltei em 2013”, lembrou.
Para disputar a Refeno, Grael deixou de lado outras prioridades. Poderia ficar competindo no Rio de Janeiro, mas preferiu prestigiar a prova pernambucana. Até porque a considera mais especial que a regata Santos-Rio, a mais tradicional do país.
“Eu velejo por paixão e o tempo todo. Domingo passado cheguei do Canadá e fomos medalha de bronze do campeonato mundial da classe seis metros e geralmente compito na classe star. Tento encaixar a vela oceânica sempre que posso. Esse fim de semana, por exemplo, há uma campeonato da classe star no Rio de Janeiro, mas que não é importante. Optei por correr a Refeno que tem um aditivo de prazer. Acho que é a regata mais importante do Brasil. É uma regata oceânica e não é como a Santos-Rio, que vai pelo litoral. Outro diferencial é que chega no paraíso. Nada contra o Rio de Janeiro, que é uma cidade importante por tudo, mas essa é especial”, comentou.
Ele anda lembrou que a Refeno é uma prova mais rápida e que não apresenta tantas dificuldades. “Todo mundo fala bem da Refeno. Custo benefício de velejar versus prazer é imbatível. A Santos-Rio é um percurso menor, mas os ventos são muito variáveis. Apesar da distância menor, as trocas de vela são maiores. A Refeno é mais previsível e se faz no máximo uma troca de vela.”
Lars irá até Fernando de Noronha com um time de peso. Após disputá-la pelo Bahia (1999), Zing 2 (2013) e Tangará II (2014), Lars disputará a prova pelo Moreneh e terá ao seu lado atletas olímpicos e com um velho conhecido do Recife. “Estou voltando à Refeno no barco de um amigo meu e temos bons velejadores à bordo. Tem o Kiko Pelicano, que era meu parceiro na medalha de bronze em Atlanta, tem o Henrique Haddad, que esteve na classe 470 nas Olimpíadas, e o Guga, aqui de Recife. É uma figura emblemática e acho que é o maior vencedor dessa prova. Ele não iria com o Ave Rara, que é o barco dele, e convencemos ele a participar.”
A expectativa de Lars é que o Moreneh chegue ao arquipélago em 30 horas e não ousa pensar em bater o Camiranga, favorito de todos e até do medalhista olímpico. Porém, ele não acredita em quebra de recorde neste ano, muito menos enquanto os competidores não avançaram em alguns quesitos. “A única forma de um monocasco superar um multicasco em condição de regata com o vento a favor é se chegarem uma geração mais moderna de monocascos com foils. Esses foils dão a condição deles irem sobre a água.”
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