Acervo
VELA

Volta de trabalho de base faz Pernambuco voltar a se destacar no cenário da vela nacional

Tiago Monteiro e Marina da Fonte voltaram com títulos do Brasileiro de Optimist

Publicado: 19/01/2016 às 20:45

Marina foi campeão no feminino e Tiago Monteiro no geral no Brasileiro de optimist, em Santa CatarinaOito anos. Foi o tempo necessário para a coroação da volta do trabalho de base do Cabanga Iate Clube. Foi em 2008 que as escolinhas de optimist voltaram a ser realizadas com continuidade. A flotilha, que tinha apenas três integrantes, voltou a crescer. Hoje, conta com 25 velejadores. Um trabalho de longo prazo. E que rendeu, enfim, seus primeiros frutos, com o título brasileiro geral da categoria para Tiago Monteiro e feminino para Marina da Fonte.

[SAIBAMAIS]O optmist é a porta de entrada para a vela. E uma categoria na qual Pernambuco já teve tradição. No feminino, tem oito títulos brasileiros. O último, porém, conquistado em 2001. Este ano, pela primeira vez, teve um campeão geral. "Houve uma mudança de gestão nas nossas escolas de vela. A base passou a ser o foco. Recomeçamos a escolinha de optimist fixa e passamos a dar um suporte completo", afirmou Edival Júnior, que comanda a flotilha do clube.

A falta de um trabalho de base comprometeu as demais categorias. Passaram a faltar velejadores para classes como a snipe e, principalmente, a laser (a standard é considerada o topo da vela olímpica). Com o passar do tempo, isso está mudando. "Não estava havendo uma continuidade nas outras categorias. Agora, essas classes vão ser reforçadas, com os meninos que estão saindo da optimist", comentou Júnior.

Futuro
Após fazer história, Tiago e Marina agora planejam o futuro. A agenda está cheia. O ano do Optimist ainda tem Sul-americano (março), Brasil-Centro (que decide a vaga no Mundial, em abril), Mundial (junho) e Europeu (julho). Como vai completar 15 anos em 31 de janeiro, será a despedida de Tiago do Optimist. "Quero acabar esse ano bem, com Sul-americano e Mundial. Depois vou decidir para qual classe vou", disse o velejador, que já tem um barco da classe snipe. "Meu pai veleja de snipe, meu irmão e meu treinador. Ganhei um barco e vou velejar nele. Depois, vou decidir por uma classe que faça parte do Mundial da Juventude".

Aos 12 anos, Marina surpreendeu ao conquistar o título tão cedo. Foi apenas o segundo ano dela no Optimist. O início foi numa colônia de férias no Cabanga. Apesar de relutante no começo, a menina começa a vislumbrar um futuro no esporte. "O título, claro, me estimula bastante. Agora, vejo que tenho capacidade para ir bem. Quando o resultado vem, a gente se sente recompensado por tudo que abriu mão para chegar até ali", conta.
Mais de Acervo