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JUDÃ?
Erika Miranda, do Minas, vacila no último segundo da semifinal, mas fica com bronze
Atleta levou a primeira medalha brasileira no Mundial, disputado no Cazaquistão
Publicado: 25/08/2015 às 10:11

A medalha, de qualquer forma, é a terceira seguida de Erika em Mundiais. Em Astana, a brasiliense acreditava que poderia ficar com o ouro depois de ser prata no Rio (2013) e bronze em Chelyabinsk, na Rússia, em 2014. Até porque a bicampeã mundial Maljlinda Kelmendi, do Kosovo, derrotada apenas três vezes durante todo o ciclo olímpico, está machucada.
Em Astana, Erika começou a campanha diante de Zhanna Stankevich, da Armênia, e precisou de apenas 2min11s de luta para aplicar dois wazaris e vencer. Na segunda rodada, a brasileira estrangulou Lenariya Mingazova, do Casaquistão, após apenas 1min17s de combate. Nas quartas, mostrando variedade de golpes, aplicou um koshi-jime no chão para superar Darya Skrypnik, da Bielo-Rússia, com 0s59 de luta.
Na semifinal, era a chance de vencer a bicampeã mundial Nakamura pela primeira vez após quatro combates, todos vencidos pela japonesa por ippon. Determinada, a brasileira dominou a luta. Recebeu o primeiro shidô (punição), mas imprimiu maior ritmo até que a rival fosse punida duas vezes.
A vitória era da brasileira até 3 segundos para o fim da luta. Nakamura conseguiu um toque no pé direito de Erika, que foi projetada para trás. Mais um empurrão e a brasileira caiu com o dorso no chão. Wazari a um segundo do fim, para desespero da técnica Rosicleia Campos.
Na decisão do bronze, Erika estava claramente insatisfeita. Começou a luta agressiva, deixou a italiana Odette Giuffrida, de apenas 20 anos, passar a contralar as ações, mas venceu graças a um shidô recebido pela rival.
De todos os brasileiros com chance de conquistar medalha no judô no Rio-2016, Erika parece a aposta mais certeira. Foi ao pódio nos três Mundiais anteriores à Olimpíada, vem de uma prata e um quinto lugar no Grand Slam de Tóquio (o mais forte do mundo), é bicampeã do Campeonato Pan-Americano e faturou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
Em Astana, foi a primeira brasileira a subir ao pódio, mas a quarta a perder para japoneses. Eric Takabatake e Felipe Kitadai foram eliminados pelo mesmo rival, enquanto Nathalia Brígida foi superada por japonesas na semifinal e na disputa do bronze, segunda-feira, na categoria até 48kg. Sarah Menezes e Charles Chibana, que chegaram como favoritos, perderam na estreia.
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