Walter é apresentado pelo Santa Cruz e diz que chega para realizar sonho de família

Um reencontro. Nascido na comunidade do Coque, uma das regiões menos abastadas do Recife, o atacante Walter, aos 32 anos, retorna a sua cidade natal em busca de realizar sonhos. Além de voltar à boa forma dentro de campo, o artilheiro chega ao Santa Cruz para cumprir um desejo de família - mais especificamente o da sua avó, que faleceu recentemente. 

[SAIBAMAIS]“Estou muito feliz porque com 13 anos o Santa Cruz realizou uma peneira lá no Coque, minha comunidade, onde sou muito grato de ter saído de lá. E o Santa me deu uma chance de jogar no time. E, hoje, o Santa Cruz abriu as portas para mim mais uma vez. Por isso que, quando veio o convite do Santa Cruz, eu fiquei muito feliz. Joguei em 12 times e foi o primeiro que me acalmou. Não tive dúvidas”. 

“Tinha outras coisas, mas disse "cara, eu quero ir, sei que vai dar certo". Estou realizando o sonho da minha avó, que faleceu há poucos dias, meu avô e minha família. Sou um cara feliz. Há dois dias treinando com o grupo já estou me sentindo em casa. Sou um cara de grupo, brincalhão e gosto de vencer. Venho para cá para vencer. Esse ano de 2022 vai ser diferente”, disse o atacante.  

A história de Walter - tanto no futebol como na vida pessoal - sempre foi mediada por provações. Desde os vários problemas com seu peso até questões familiares: o camisa 18 nasceu acostumado a se superar. O desafio de vestir as cores do Santa Cruz em um dos momentos mais difíceis da trajetória vitoriosa coral é só mais um que foi aceito pelo centroavante - que se diz, mais do que nunca, focado e concentrado.

“É um recomeço para mim. Sei que venho de três anos que não estou bem na minha carreira, de altos e baixos. O Santa Cruz tem a fama de levantar jogadores que estão para baixo. É uma porta gigante que vou pegar com as duas mãos. Voltar para uma grande equipe é muito bom. Estou muito feliz e focado. Tive outras propostas, mas meu coração pediu tanto para eu vir para cá”, disse o artilheiro.