Uillian Correia relembra acidente que quase o matou e quer 'retomar a carreira' no Santa Cruz

Quando estava no Ceará, no ano passado, Uillian Correia trouxa à tona relatos surpreendentes. Falou sobre um episódio que quase o fez parar de jogar futebol. Que quase o matou. Em 2013, à época no futebol português, o jogador sofreu um acidente de carro que, por pouco, não custou a sua vida, a da esposa e a de um amigo. O volante voltou a falar sobre o ocorrido no segundo semestre de 2015, contratado pelo Cruzeiro. Agora no Santa Cruz, não foi diferente. Não quer enterrar a história. Para ele, motivadora. Motivação, diga-se, será necessária para que ele consiga jogar com mais frequência - seu grande desejo após ter deixado o clube celeste. 

[SAIBAMAIS]No Cruzeiro, Correia só acabou fazendo duas partidas, uma em 2015 e outra em 2016. Não se furta em projetar uma maior sequência no time coral, onde ficará emprestado até o término da tempotada. “Espero retomar a minha carreira, jogar. Jogador tem jogar, sentir o prazer, a torcida, aquele calor. O que eu mais quero é estar num clube que estou agora”, disse em vídeo gravado pela TV Coral, que pertence ao Santa Cruz.

O atleta planeja já ficar à disposição para o clássico contra o Náutico, agendado para o próximo domingo, no Arruda - pelo Estadual. Para tanto, basta ter o seu nome divulgado no Boletim Informativo Diário (BID) na CBF. Mesmo sem jogar regularmente, o cabeça de área não crê que terá muitos problemas físicos para a estreia. “Estou me sentindo bem. Claro que sentindo ainda a falta de ritmo, mas é normal. Vou pegar isso em três, quatro jogos seguidos. Eu vinha treinando forte (no Cruzeiro).”

Nenhum destes problemas pode ser comparado, porém, ao que o jogador viveu em 2013, no Paços Ferreira. Voltou a contar do acidente em um carro a 140 quilômetros por hora e fez questão de destacar a volta por cima que deu após ter cogitado até largar o futebol. 

“Sofri um acidente grave com a minha esposa. Foi momento de muita reflexão. Foi complicado passar o que passei. A cada dia, pensava o que ia fazer. Naquele momento, pensei em largar o futebol. Estava desiludido, quase morro fora do meu país. Era muito complicado, mas voltei ao Sampaio Corrêa, em 2014”, recorda. “Acho que foi um momento de amadurecer mais ainda. Claro que a gente não quer amadurecer em cima dos problemas, mas acontece. Foi momento complicado, mas aprendi e cresci muito”, emendou.