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NÃUTICO
Como o Diario de Pernambuco narrou a conquista do hexa do Náutico há 50 anos
Veículo trouxe reportagem especial sobre heróis que brilharam no Estadual
Publicado: 20/07/2018 às 22:00

[SAIBAMAIS]Daquelas linhas de 50 anos atrás, retratos mais atuais não poderia haver. Menções sobre arbitragem, superlotação dos Aflitos, invasão ao gramado e a tradicional análise da partida, que por incrível que pareça em pouco se diferencia de situações vistas atualmente. “Maior público de todos os tempos: 31.061 torcedores no estádio”, publicou. Foram 23.320 pagantes que proporcionaram uma arrecadação recorde de 57.913,00 cruzeiros novos.
"Os 120 minutos de disputa serviram também para demonstrar a grande realidade do futebol moderno: velocidade de jogo e preparo físico", ressaltou o texto, antes de mencionar em outro trecho mais uma situação comum hoje em dia. "Numa peleja em que a técnica parecia ser coisa secundária"
“A FPF estava programada para vender 26 mil ingressos, mas alertada pela polícia da impossibilidade da entrada de mais torcedores, encerrou as vendas 14 horas antes do jogo”, destacou o Diario, que seguiu adiante relatando que na rua da Angustura, o portão foi forçado, com a revolta dos torcedores em ficar de fora da partida. "Inclusive senhores com crianças no colo, numa prova de total irresponsabilidade", frisou.


Com o estádio completamente abarrotado, até trabalhar se tornou uma missão difícil. "O velho 'Balança mais não cai' transbordou. E foi lá que trabalhamos mais uma vez na mini-tribuna da imprensa estufada de cronistas”, destacou o repórter Adonias Moura, autor da matéria.
Com o estádio lotadíssimo, a bola rolou por 90 minutos sem gols. Em destaque, uma curiosidade da partida. "No setor das arbitragens, a novidade de dois juízes para o mesmo jogo. O senhor Erilson Gouveia começando e o senhor Armindo Tavares concluindo". O caso aconteceu em decorrência de uma distensão do primeiro. A saída foi "apontada como útil para ele que saiu logo entregando o comando do encontro sem definição depois de seu grave erro, numa penalidade máxima sofrida por Valter (do Náutico). E o primeiro árbitro ainda teve pecados capitais como aceitar passivamente as atitudes de rebeldia dos atletas (...). Ele só não apanhou de Matias porque não falou”, destacou a matéria.
A tarde já caía no Recife quando, já na prorrogação, o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir no Eládio de Barros Carvalho. "Foi em decorrência de uma jogada envolvendo os ponteiros Ede e Ramos que o segundo acertou com o carrinho as redes". Era o gol do título, do único e até aqui eterno hexacampeonato alvirrubro.
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