Apaixonado pela Celeste, uruguaio Gastón já fez quatro apostas para jogo contra o Brasil

[SAIBAMAIS]Todo uruguaio é apaixonado pela Celeste Olímpica. Mais do que o brasileiro pela Canarinha. Quem diz isso é o lateral esquerdo do Náutico Gastón Filgueira. O jogador oriental, que se orgulha de ter vestido a camisa de sua seleção por duas vezes, aguarda ansioso pelo confronto entre a equipe de seu país natal com a do país onde vive e trabalha há um ano e meio. Não vai apenas ao jogo, nesta sexta-feira, como também pretende visitar seus velhos conhecidos no hotel em que vão se hospedar na capital pernambucana. A volta de seu maior ídolo celeste, Luis Suárez, à seleção nacional dá mais confiança ao defensor alvirrubro. Ao ponto de Gastón ter se comprometido: fez várias apostas na vitória do Uruguai e esperar não ter que pagá-las.

“A cultura uruguaia é muito forte quanto a torcer pela seleção. Acho que todo uruguaio, até quem não entende de futebol, torce pelo Uruguai. É uma tradição muito forte no Uruguai. Aqui no Brasil também. Mas eu acho que o povo uruguaio é bem mais apaixonado pela seleção. É um sentimento de união e pertencimento que a gente tem”, explicou o sentimento do seu povo pela Celeste.

Gastón jogou apenas duas vezes pelo Uruguai. Mas guarda essas passagens com carinho na memória. “Muito orgulho. É uma das minhas maiores conquistas. Graças à seleção eu viajei de avião pela primeira vez”, recorda. “Independentemente de que faz tempo que não vou à seleção, eu gosto muito desse processo da seleção. Esse processo de Tabárez, que começou em 2006 e foi quando eu fui chamado pela primeira vez. Conheço todos os jogadores dessa seleção. Joguei com muitos dos atuais”, acrescentou.

Dentre os compatriotas com quem tem melhor relacionamento, Gastón destaca alguns. “Joguei muito tempo com Mauricio Victorino, Coates, Fucile, Lodeiro, também é um parceiro”, mencionou. Porém, em que pese ter mais contato com um ou outro, o lateral esquerdo faz questão de ressaltar que “são todos gente boa.”

Por essa razão, o defensor vai ao jogo na Arena Pernambuco, mas antes vai passar no hotel para fazer uma visita aos jogadores uruguaios. Visita e uma cobrança também. “Eu já apostei aqui café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Tenho quatro apostas feitas. Se eu perder, estou complicado. Então, vou lá no hotel, vou colocar aquela pressão na seleção uruguaia. A gente não pode perder de jeito nenhum”, brincou.

Gastón prefere não arriscar placar. “Meio a zero está bom demais”, voltou a brincar. “Tomara que seja de Suárez”, disse, em referência ao jogador que, para ele, é seu ídolo na seleção e o atual melhor centroavante do mundo. “A punição dele foi injusta. A expectativa, em todo mundo, é grande para vê-lo de novo pela seleção”, comentou o lateral, que, logicamente, faz questão de incluir neste rol de “todo mundo”.