Léo Medrado: 'O bicampeonato ficou em boas mãos'

Em boas mãos

Não gosto da palavra justiça atrelada a resultados no futebol. Uso sempre o termo defensável. Mas no caso do título pernambucano do Sport, pela maneira como ele foi conquistado, não há como negar que houve sim, justiça, na consolidação do bicampeonato rubro-negro. O time foi melhor. O elenco foi superior. Venceu a primeira fase e bateu os tradicionais rivais nas decisões. Só vacilou no primeiro jogo da semifinal no Arruda. Mas buscou o empate na falha de William e dominou os tricolores na Arena. Foi cirúrgico na decisão por pênaltis e converteu todas as cobranças. Nas finais diante do Náutico, foi melhor nos dois jogos. Marcou dois gols nos Aflitos. Na Arena, meteu duas bolas na trave e desperdiçou oportunidades com Romarinho e Fabrício. Sobrou e não sofreu em campo. Caíque fez apenas uma defesa difícil (cabeçada de Evandro, sábado) nos dois jogos. Mérito dos jogadores, da comissão técnica e, principalmente, da direção que montou um qualificado elenco. Sim! O bicampeonato ficou em boas mãos.

[SAIBAMAIS]De pé, mas passivo

Caiu de pé, é verdade, mas foi passivo. Era mais defensável “cair atirando”. Faltou ousadia. A situação de Mazola era favorável para tentar o novo. Fazer diferente sem inventar. Acabar com  a ineficiente dobra de laterais na esquerda. Colocar Kayon e Thalissinho. Tirar Diego Matos e Leandro Barcia. A inércia de Allan Aal no jogo dos Aflitos (era pra ter sido trocado por Schulle antes das duas finais) foi a cereja do bolo para a sua demissão. Deu  apenas um chute a gol no primeiro tempo e não mexeu no intervalo. Mazola teve a chance de escalar um time mais ousado mas foi, digamos… conservador 

Vai ficar na saudade

Desistência (de gaveta?!) do Salgueiro. Interdição do Arruda depois de ter havido jogo lá. VAR de 14 minutos. Invasão de maconheiro. Torcida única. Marginal desafiando policial (com torcida única)… Por outro lado, recorde de público batido na Arena. Por duas vezes. Média do Santa equivalente aos tradicionais times nos Estaduais pelo país. O Retrô voltando a aprontar batendo o Sport e perdendo nos pênaltis um jogo em que foi superior ao Náutico. Audiência de dois milhões e meio de telespectadores para Sport x Santa na Arena. Alguns bons jogos. Provocações intermitentes nas Redes Sociais. E muita emoção, até a vitória do Sport nos Aflitos. É rapá… o Pernambucano 2024, de uma forma ou de outra, agitou e entrou pra história

Folia de Reis

O moleque é bom. Tem muito tênis e uma baita personalidade. Na maior façanha da sua vitoriosa carreira, bateu o argentino Caraballi (106 do Ranking mundial) e chegou a final do Challenger de Florianópolis. Ontem, na final, caiu de pé contra o francês Enzo Coaucaud (saiu na frente, inclusive) e entrou pro seleto hall dos 300 melhores tenistas do mundo. Tudo isso, aos 24 anos. João Lucas Reis. O João Pernambucano! Que venha Roland Garros…