Reza a lenda, na verdade a história, que um jovem tenista aspirante à carreira profissional, teria sido um bravo indômito na adolescência. A ponto de discutir com adversários e quebrar raquetes. Tapas na ampulheta. O garoto cresceu, amansou, amadureceu e se transformou, se não no maior, no mais carismático e querido jogador de tênis de todos os tempos. Os títulos, os números, a pontuação no ranking, foram apenas complemento para os predicados a ele atribuídos ou aos vocativos de espanto proferidos por boquiabertos espectadores, que, na grande maioria, transformava-se invariavelmente em fã. Assistir a Federer, era contemplar um mix de bailarino, com um guerreiro que brigava até o fim, por um simples ponto de game. Aliás, pensando bem, Federer nunca disputou, intrinsecamente, “um simples ponto”. Federer parar, significa pra mim um misto de tristeza, por não mais comtemplá-lo nas quadras, com a felicidade de ter feito parte da sua geração. Vai Federer. Vá pra galeria definitiva dos imortais. E deixe, na minha memória e no seu legado, emoções que até então, só havia sentido com os brasileiros. Zico, Nelson Piquet e Gustavo Kuerten, foram os mais marcantes na memória do meu coração. Claro que milhões de torcedores também ficarão tristes. Tenho pena, inclusive, daqueles “falsos” que, pra mostrar intimidade, o chamaram de Roger. Eu, pela minha peculiar sinceridade, sempre tratei você pelo seu nome verdadeiro: Rogério! O irmão mais novo de Guga. Até porque, foneticamente, pelo menos, não existe muita diferença entre nascer na Basiléia ou no Brasil…
Eclipse Crepuscular
Coloquem na agenda. O sol e a lua se casarão hoje ao entardecer. Com juras de amor, rubro-negros e alvirrubros sentar-se-ão em botecos, restaurantes e no próprio sofá das salas, gritando: “Pelo Náutico nada???” O romance durará aproximadamente meia hora (no Happy) mais os cem minutos do jogo. Término da partida. Vitória alvirrubra! Comemoração efusiva, instantânea e bruscamente finalizada. A partir daí, olhares de desdém, pragas silenciosas e falsidade total no “boa sorte” de despedida. Afinal, exatos 15 dias após, o divórcio será assinado no Clássico dos Clássicos. Mas terá sido interessante o mais breve romance, após Ronaldo Fenômeno e Cicarelli
Aqui se fala, aqui se Lisca!
Oito jogos. Foram suficientes para a demissão de Lisca no comando técnico do Santos. Desculpa. Normalmente lamento a saída precoce dos treinadores, Brasil afora. No caso de Lisca, não consigo. É mais forte que eu. O que esse cara fez com o Náutico e depois com o Sport, comprovam o caráter dele. Dinheiro vale muito mais que palavra, na educação de Lorenzi. Mas que ele fique ligado. O mercado tem olhos por toda a parte. Os dirigentes trocam mensagens, áudios e ideias. Fique esperto, Lisca. Hoje, surgiu o Avaí. A quem, sinicamente, você fez juras de amor, e ainda teve a CARA DE PAU, de referir-se ao Sport, comparando os “Leões da Ilha”. Aqui você não volta, Lisca. Seu engodo não cola mais em Pernambuco. E lembre-se: O mundo é redondo…
Faz teu nome, Náutico
Jogaço. Os grandes atletas são unânimes: preferem, todos, um grande desafio, a jogos comuns. Diria Zé Cunha, antigo narrador da TVE, “Taí o que você queria”. Quer jogo melhor, e maior, do que este para fazer (e entrar para) história? Vasco x Náutico. Favoritismo total dos cariocas. G4 x Z4. Elenco cruzmaltino cinco vezes mais valorado. É partida pra jogador alvirrubro vencer e assinar um bom contrato, onde quer que esteja, em 2023. Assim surgem os ídolos, os imortais, os mitos. Candidatos? Souza, Ferraz, Geuvânio, Jean Carlos… Quem vem lá?

