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CNRD investiga o Cruzeiro por negociações que ferem regulamentos da Fifa e da CBF

Se for considerado culpado, Cruzeiro pode sofrer sanções severas

Publicado: 30/08/2019 às 22:30

Gestão do presidente Wagner Pires de Sá volta a ser investigada por negociações suspeitas
A Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD) investiga o parceria do Cruzeiro com o Supermercados BH para aquisição dos direitos de Arrascaeta, em 2015. Na ocasião, a rede investiu 2 milhões de euros e ficou com 25% dos direitos do jogador uruguaio. A operação descumpre novamente regras da Fifa, que proíbem o envolvimento de empresas em percentuais de atletas.

A rede é patrocinadora do Cruzeiro e pleiteia na Justiça o repasse de valores relativos à transferência de Arrascaeta para o Flamengo.

Esta semana, o Supermercados BH conseguiu liminar que intima o Flamengo a depositar em juízo os valores remanescentes relativos à compra do meia-atacante Arrascaeta. A decisão foi proferida pela juíza Soraya Hassan Baz Láuar, da 1ª Vara Civel da Comarca de Belo Horizonte. A empresa pleiteia o recebimento de 25% do montante da negociação. 

Em janeiro deste ano, o Flamengo adquiriu 75% dos direitos econômicos de Arrascaeta, por 18 milhões de euros (R$ 79,5 milhões na cotação da época). Desse valor, o Cruzeiro ficou com 13 milhões de euros (R$ 55,25 milhões), pois detinha 50% dos direitos econômicos do jogador.

Dos 13 milhões de euros, o Cruzeiro recebeu a primeira prestação, de 7 milhões de euros (R$ 29,75 milhões), logo em janeiro, quando acertou a venda de Arrascaeta.  A segunda, uma cota de 3 milhões de euros (R$ 12,75 milhões) foi paga em junho pelo Flamengo. A terceira, também de 3 milhões de euros (R$ 12,75 milhões), vence em dezembro. Esta última parcela, segundo decisão da Justiça, deve ser depositada em juízo.
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