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CRUZEIRO

Morre Zé Carlos, ídolo do Cruzeiro, campeão da Taça Brasil e da Libertadores

Ex-volante celeste já vinha com problemas de saúde e faleceu aos 73 anos

Publicado: 12/06/2018 às 10:04

Zé Carlos é o segundo jogador que mais vezes vestiu a camisa celeste: 633 jogos
Faleceu na manhã desta terça-feira o ex-volante José Carlos Bernardo, o Zé Carlos, aos 73 anos. O ídolo do Cruzeiro já vinha com a saúde debilitada nos últimos anos em razão de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele passou os últimos meses internado no Hospital do Barreiro e morreu por falência múltipla dos órgãos. Pela Raposa, Zé Carlos venceu a Copa Libertadores de 1976 e a Taça Brasil de 1966. O ex-jogador será velado a partir das 18h no Cemitério Parque da Colina, Bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte. O sepultamento ocorrerá às 10h desta quarta.

Zé Carlos fez parte de uma época de ouro do Cruzeiro. Venceu nove Campeonatos Mineiros, sendo dois tetras: um na década de 1960 (1966, 1967, 1968 e 1969) e outro nos anos 1970 (1972, 1973, 1974 e 1975), além da conquista de 1977. Fazia parte do time histórico que goleou o Santos de Pelé em 1966, mas ainda não era titular. Em 1976, na primeira conquista da América, já era o dono do meio-campo celeste. Com o time estrelado, também foi vice dos Brasileiros de 1974 e 1975, vencidos por Vasco e Internacional, respectivamente.

Zé Carlos é o segundo jogador que mais vezes vestiu a camisa celeste: 633 jogos. Os 87 gols marcados o deixam na 20ª posição entre os artilheiros de todos os tempos do clube, ao lado do ex-atacante Abelardo, que morreu em dezembro de 2016 aos 90 anos. 

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O ex-zagueiro Procópio Cardozo lamentou a morte do amigo. “Eu amanheci muito triste com esta notícia. Um grande amigo que tive. Ele já vinha com problemas há bastante tempo, já não andava. Fico triste de perder um amigo, mas sei que ele descansou, porque não estava bem”, afirmou.

Natural de Juiz de Fora, Zé Carlos foi revelado pelo Sport Club Juiz de Fora. Como a cidade da Zona da Mata mineira é próxima ao Rio de Janeiro, ele foi para o Fluminense fazer um teste. Lá, encontrou o amigo Procópio.

“Conheci o Zé Carlos no Fluminense. Ele foi do time do Sport Club Juiz de Fora para o Fluminense fazer um teste e conseguiu passar. Mas, naquela época, o Fluminense estava sem dinheiro para poder pagar o passe dele. Por isso, ele acabou no Cruzeiro a pedido do presidente Felício Brandi. Depois, fui para o Cruzeiro e tive o privilégio de jogar ao lado dele”, afirmou Procópio, que relembra uma história marcante ao lado do amigo.

“Não esqueço de quando voltei a jogar depois de cinco anos, já velho, com 33 anos, recuperado de uma lesão. Na minha estreia, ele e Perfumo, dois que já nos deixaram, me apoiaram muito. Faziam a minha cobertura, me deram apoio moral. Correção, amizade e lealdade. Uma grande perda”, disse o ex-zagueiro.

Zé Carlos era um dos jogadores cotados para disputar a Copa do Mundo de 1970, mas acabou fora da lista. Com a camisa verde-amarela, ele participou de oito jogos e marcou dois gols. Depois de deixar o Cruzeiro, Zé Carlos foi campeão brasileiro com o Guarani, em 1978. 
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