Após queda, Enderson enfatiza 'objetivo maior' no ano e fala em necessidade de reforços

O América terá 20 dias de treinamentos na preparação para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro. A permanência na elite do futebol é, declarado, o maior objetivo do clube na temporada. Após a eliminação na semifinal do Mineiro, o Coelho volta aos trabalhos nesta terça-feira, no CT Lanna Drumond. A estreia será contra o Sport, às 11h de domingo (15 de abril), no Independência.

Para Enderson Moreira, a queda no Mineiro deve servir de aprendizado. O treinador viu o América equilibrando os confrontos contra Atlético e Cruzeiro. Porám, como foi derrotado nos quatro jogos que fez contra os rivais, ele ressalta que terá tempo para trabalhar ainda mais os erros e pontos fracos da equipe até o primeiro compromisso no Brasileiro.

“Poderíamos ganhar 200 campeonatos mineiros, mas o nosso grande desafio é a Série A, a permanência, a mudança no patamar. Tivemos confrontos contra equipes poderosas, com bons jogadores, que fazem investimentos enormes. Foram confrontos que, em boa parte, foram equilibrados. Trouxemos dificuldades para os adversários. Temos um prazo bom para nos prepararmos para o início da Série A, um campeonato extremamente difícil. Sabemos das dificuldades, no que precisamos focar. Vamos nos preparar nesses detalhes”, apontou.

O comandante alviverde também lembrou que o clube deverá se reforçar até o início da Série A.
“Qual equipe do Brasil não precisa de reforços? O Palmeiras, se tiver oportunidade, ele vai atrás de algum atleta. Qualquer equipe no Brasil tem que estar aberta a receber bons jogadores. Que possam qualificar ainda mais a equipe. Sabemos disso, estamos preparados, atentos ao mercado. Tem uma ou outra função que não temos nem número para o Brasileiro”, disse, apontando uma das posições que considera carentes no elenco.

“Temos só quatro zagueiros e precisamos de cinco, no mínimo. A competição é longa e precisamos. Isso vai acontecer de forma muito tranquila, sem desespero. Se tivesse ganho aqui, estariam dizendo que o América é candidato a ir para a Libertadores. Não é assim. O futebol que concebemos é crítico, com movimentos cirúrgicos para não desmontar tudo o que foi construído. São tijolos que servem como alicerce. Uma coisa eu te garanto, nossa equipe terá um casco muito mais duro, estará mais preparada para a sequência do ano, passando por essas dificuldades agora. Melhor do que já na competição (Série A)”, complementou.

Enderson destacou que não é necessário trazer jogadores em quantidade e que buscar somente atletas 'de nome' não garante a formação de uma equipe competitiva. O treinador relembrou o ano de 2013, quando comandava o Goiás, também vindo da Série B, e que fez uma temporada marcante.

“Eu tenho muita tranquilidade. Já vimos vários times montarem 'seleção', aqui em Minas tivemos vários casos, e que não deram resultado. Não deu liga. Vemos várias equipes montadas com jogadores de bom nível, na Europa principalmente, mas da mesma forma aqui no Brasil, que são equilibradas e que chegam muito competitivas. Sou testemunha disso. No Goiás, em 2013, um time que subiu da Série B, e que conseguimos ser semifinalistas da Copa do Brasil e sexto no Brasileiro. Tudo é possível. Não é ter os melhores atletas que faz com que você tenha o melhor time”, finalizou.