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O craque Tostão reconheceu que o tri representou muito para eles. “Primeiro, a responsabilidade nossa, dos jogadores que estavam presentes, responsabilidade de uma Copa do Mundo. Porque a Copa do Mundo é como se fosse tudo para o futebol brasileiro. Não só o futebol, mas um paliativo para muita coisa do Brasil. (…) Afirmação pessoal de cada – acho que isso foi muito importante – porque todo mundo quer mostrar o seu valor e uma Copa do Mundo é a consagração máxima”, declarou.
Os campeões mundiais, que continuavam nos mesmos clubes, contaram como o título afetou cada um deles. “Acho que depois da conquista da Copa houve um relaxamento em todos os jogadores. Coisa normal”, apontou Tostão. “Quando voltei, com a emoção de ter conquistado o tricampeonato, acho que tinha de fazer tudo no Atlético”, afirmou Dario. “Ganhei mais experiência, me trouxe realização daqueles pensamentos de criança, quando eu comecei a jogar”, declarou Piazza. “Para mim, a conquista da Copa do Mundo foi a realização dentro da minha profissão. Eu cheguei ao ponto máximo de minha carreira”, avaliou o zagueiro Fontana, que planejava pendurar as chuteiras em um ou dois anos.
Fontana também destacou a importância da conquista para o futebol mineiro, com seus quatro representantes. “Minas é uma força enorme dentro do Brasil, tem quatro tricampeões do mundo, agora continua com quatro jogadores na Seleção”, lembrou. Piazza reforçou o pensamento do zagueiro cruzeirense: “A conquista do campeonato mundial trouxe para Minas, para nós do futebol mineiro, uma reafirmação do nosso poderio, do nosso engrandecimento, não nacional, mas mundial.”
PRESENTE Na entrevista, Tostão revelou um fato, até então inédito, que demonstrava sua confiança na vitória sobre a Itália na decisão. No intervalo da partida, o pensamento do jogador era guardar a camisa do jogo para dar ao médico Roberto Abdalla Moura, que havia operado seu olho esquerdo, no fim do ano anterior. Tostão acertadamente previu que, ao fim da partida, não conseguiria sair de campo com a camisa (com a invasão dos torcedores, o craque do Cruzeiro deixou o campo do Estádio Azteca apenas de sunga) e então guardou a camisa do primeiro tempo para dar de presente ao médico mineiro. “Era a confiança de que nós iríamos ganhar o jogo”, confessou.
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