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RACISMO
Vítima de racismo, marfinense Yaya Touré insiste que só multa não adianta para resolver problema
jogador esteve presente em evento da Fifa para discutir ações contra o racismo
Publicado: 13/05/2015 às 12:42

“Eu estive submetido a ouvir xingamentos racistas e é difícil aceitar uma situação como essa. Quando você escuta uma ofensa como essa, isso machuca e entristece muito”, disse o atleta que completa 32 anos nesta quarta, e foi vítima de racismo na Rússia, em partida contra o CSKA, pela fase de grupos da atual edição da Liga dos Campeões.
O novo sistema de supervisão quanto aos atos racistas será testado a partir das Eliminatórias para o Mundial da Rússia, em 2018. Um grupo de profissionais será selecionado para acompanhar as partidas e, por meio da transmissão televisiva, analisar eventuais atos racistas entre jogadores ou da própria torcida. Os 64 jogos do Mundial de 2018 também serão monitorados com esse intuito.
Para Yaya Touré, a multa de 20 mil libras (cerca de R$ 94 mil) não bastará para coibir tais práticas discriminatórias. “É preciso distribuir uma sanção mais radical. O pagamento de uma multa não será o suficiente, é preciso fazer mais para penalizar os autores dos crimes”, disse em discurso na última terça.
Piara Powar, diretora executiva do órgão anti-discriminação no futebol europeu, responsável pelo monitoramento, disse que o sistema pode não coibir as práticas, mas ajudará a contribuir para as devidas punições. “Se houver alguma evidência de discriminação, isso será passado para a Fifa, que penalizará os clubes ou torcidas envolvidas. Agora as pessoas entenderão como podem proceder depois de serem alvo de tais atos”, disse à BBC.
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