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Foto: André Guerra |
Espaço estratégico nas discussões políticas de cultura, a Mostra de Cinema de Tiradentes recebeu Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur (Agência Brasileira de Turismo), nesta sexta-feira (31), penúltimo dia da programação da 28ª edição do evento, que tem na sua programação sete filmes pernambucanos, entre eles os longas A Primavera, de Daniel Aragão e Sérgio Bivar, e A Vida Secreta dos Meus Três Homens, de Letícia Simões.
O ex-deputado veio à cidade histórica de Minas Gerais (onde o Diario está presente na cobertura) para anunciar a parceria da agência nacional com a Mostra, que abre o calendário audiovisual do país e tem como característica central a inovação em linguagens e fóruns sobre modelos de produção e difusão do cinema.
Em coletiva de imprensa, Freixo comentou as mudanças na Embratur promovidas pelo Governo Federal, ressaltando como elas vão colaborar no campo audiovisual. “A gente conseguiu fazer uma mudança grande na Embratur, que deixou de ser uma autarquia e passou a ser uma agência. Portanto, antes ela tinha a responsabilidade apenas da promoção internacional do Brasil, mas agora ela entra pela primeira vez auxiliando na própria realização dos festivais consolidados”, explica. “Decidimos começar por Tiradentes por se tratar de um evento absolutamente consolidado, essencial no audiovisual brasileiro. O que a gente quer é trazer esse potencial turístico promovido também pelo cinema para uma realidade ainda maior”.
Supervisor de cultura e gastronomia da Embratur, Cristiano Braga destacou como a identidade de algumas cidades famosas é construída através dos festivais de cinema. “Na Mostra de Tiradentes, uma cidade histórica e turística, esse diálogo entre o cinema e o turismo ocorre de maneira direta há muitos anos. As mostras e os eventos são tão importantes quanto as produções em si principalmente pela mobilização desse setor. Cannes, por exemplo, tem a devida projeção por conta do festival”, afirma.
Na coletiva de imprensa, os dois celebraram as indicações ao Oscar de Ainda Estou Aqui como uma culminação do sucesso internacional do cinema brasileiro, que Freixo considerou estar no seu melhor momento. “Quando o filme e Fernanda ganharem, porque já estou contando com isso mesmo, será uma festa. Todo mundo se beneficia dessas indicações e de uma vitória: o povo brasileiro, a luta por memória e a experiência democrática. Só tem que ser celebrado”, completou.