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Capa do livro 'Guerra sem Testemunhas' |
No ano que marca o centenário de Osman Lins (1924-1978), a terceira edição de Guerra sem Testemunhas serão lançadas nesta sexta-feira (24), às 19h30, no Museu do Estado de Pernambuco. O livro, com selo da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e da Editora da Universidade Federal de Pernambuco, é um ensaio profundo, irônico e ousado, com recursos do campo da ficção, sobre o ofício de escrever e a relação do escritor (e da escrita) com o mundo - dos editores e leitores aos censores.
“A reedição de Guerra sem Testemunhas: o escritor, sua condição e a realidade social é de enorme contribuição para o debate público sobre a literatura na atualidade. Como intelectual latino-americano, Osman Lins sempre insistiu na necessidade do escritor engajar-se no enfrentamento dos problemas e desafios de seu país, é um escritor combativo, muito mais do que polemista”, declara o professor e organizador do livro, Fábio Andrade.
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Fábio de Andrade (Foto: Conrado Nunes) |
A nova edição tem uma pequena iconografia em preto e branco que remete ao período de elaboração do livro e à sua repercussão, e um índice onomástico com pensadores, escritores e artistas citados pelo autor. “Fiz a apresentação, que busca assinalar certos aspectos do livro sintonizados com nosso tempo, e acrescentei notas que têm como principal objetivo ressaltar certos diálogos do pensamento crítico de Osman Lins com sua própria produção literária”, completa o organizador.
Osman Lins escreveu romances (Avalovara, O Visitante, O Fiel e a Pedra), contos (Os Gestos), narrativas (Nove, Novena), relatos de viagem (Marinheiro de Primeira Viagem), obra para teatro (Lisbela e o Prisioneiro) e ensaios. “Poucas, sabe-se, as possibilidades de alcançarmos, neste ofício, a recompensa de um livro duradouro. Por mais que cerremos o espírito aos desvios, destinam-se os escritos literários, em grande maioria, a existência curta: 80% desaparecem em um ano, 99% em vinte anos. Um massacre onde poucos sobrevivem”, escreveu o autor em Guerra sem Testemunhas.
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Osman Lins (arquivo) |