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Sexta-feira 13: Relembre os filmes de terror que marcaram 2024

Viver faz retrospectiva dos principais lançamentos de um dos gêneros mais populares do cinema

Publicado: 13/12/2024 às 12:51

/Cotado para o Oscar, 'A substância' foi o maior fenômeno do terror em 2024. Divulgação

/Cotado para o Oscar, 'A substância' foi o maior fenômeno do terror em 2024. Divulgação

Este último dia 13 de 2024 é também uma sexta-feira, boa oportunidade para relembrar os filmes de terror que ganharam maior destaque em um ano particularmente lotado para o gênero, com lançamentos de grande sucessos de bilheteria, surpresas de cineastas promissores e - o que é bastante raro - presença forte na temporada de premiações.

O primeiro semestre não contou com tantas estreias de terror de grande repercussão, apesar do caso curioso de dois filmes praticamente espelhados sendo lançados no mesmo período, com recepção surpreendente: Imaculada e A primeira profecia. O primeiro, dirigido por Michael Mohan, tem como protagonista a jovem freira Cecilia, jovem que confronta os segredos sombrios de um convento que quer usá-la para uma causa maior, enquanto o segundo, estreia em longa da diretora Arkasha Stevens, é uma história de origem do clássico A profecia e traz a jovem freira Margaret, enviada a um convento em Roma, onde também se depara com uma escuridão que a faz questionar sua fé.
Reboot do cult-clássico homônimo de 2008, Os estranhos: Capítulo 1 superou as péssimas críticas arrecadou quase $ 50 milhões no mundo todo. O filme, dirigido por Renny Harlin, trouxe de volta o trio mascarado que assombrou os personagens principais dos filmes anteriores da saga e se propõe o começo de uma já filmada trilogia.
Este ano também contou com novas perspectivas de grandes ícones do horror, como é o caso de Abigail, dirigido por Matt Bettinneli-Olpin e Tyler Gillett, que mostra um grupo de criminosas sequestrando uma criança de 12 anos e mantendo-a em uma manção isolada apenas para descobrir que a menina é uma vampira secular. Apesar de não ter ido bem na bilheteria, o filme foi bem aceito pela crítica de modo geral como um misto criativo de comédia e terror.
Prequela de uma das sagas contemporâneas de maior sucesso do gênero, Um lugar silencioso: Dia um se tornou o primeiro blockbuster do horror de 2024, com $ 260 milhões de arrecadação mundial e ótimas críticas da imprensa. Dirigido por Michael Sarnoski, o filme mostra o primeiro dia da invasão alienígena já vista nos dois capítulos anteriores e se passa inteiramente em Nova York, acompanhando uma nova personagem em busca por sobrevivência, vivida por Lupita Nyong'o.
O maior sucesso original do terror de 2024, no entanto, foi o thriller sobrenatural Longlegs: Vínculo mortal, dirigido por Oz Perkins, comparado pela crítica com O silêncio dos inocentes e Se7en. O filme, que mostra uma agente do FBI investigando o caso de um psicopata que mata famílias sem sequer estar presente no local, bateu a marca de $ 110 milhões e se tornou o filme independente de maior bilheteria do ano, relembrando a força do gênero como celeiro de projetos novos. A presença transformadora de Nicolas Cage no papel do serial killer se tornou um dos assuntos mais comentados do cinema este ano.
Um dos mais aguardados do ano foi também considerado por muitos uma grande decepção, embora tenha tido um bom desempenho com a crítica estrangeira: MaXXXine, de Ti West, que encerra a trilogia iniciada em X e seguida em Pearl, na qual a nova musa do terror Mia Goth - carinhosamente chamada pelos brasileriros de "a neta da atriz Maria Gladys" - retorna para tentar um papel em um filme na Hollywood dos anos 1980, apavotada por um assassino misterioso. 
Não há dúvida, no entanto, que o filme de horror de maior repercussão e comoção de 2024 foi A substância, de Coralie Fargeat. Premiado com melhor roteiro no Festival de Cannes, o longa marca o retorno de Demi Moore, no papel de uma apresentadora famosa de 50 anos que, ao perder seu trabalho, começa a utilizar um líquido injetável misterioso que libera do seu próprio corpo uma versão sua mais jovem e bonita, com consequências grostescas e devastadoras. Indicado ao Globo de Ouro e Critics Choice em várias categorias e cotado ao Oscar 2025, o longa radical se tornou fenômeno nas redes sociais e um dos filmes mais assistidos do ano.
Provando que a ultraviolência tem tido forte apelo com os fãs do gênero em 2024, Terrifier 3, continuação da saga do palhaço Art idealizada por Damien Leone, se tornou um dos maiores sucessos para uma produção sem censura. O filme arrecadou cerca de $ 89 milhões em bilheteria mundial tendo custado apenas $ 2 milhões e já consolidou uma das franquias mais rentáveis da história do slasher.
Falando em franquias consolidadas, Sorria 2 injetou ainda mais sustos e brutalidade a essa nova saga de terror do diretor Parker Finn. Continuação do filme de maior sucesso do gênero de 2022, este longa protagonizado por Naomi Scott - no papel de uma pop star atormentada pela maldição que faz as pessoas perderem a noção de realidade e enxergarem um sorriso maníaco em todos os lados - também figurou nas listas de produções mais elogiadas do gênero em 2024. 
Em números absolutos, porém, o filme de terror que conquisotu os maiores resultados este ano foi Alien: Romulus, dirigido por Fede Álvarez, e que se passa no universo consagrado por Ridley Scott, anos após os episódios do primeiro filme, de 1979. O filme bateu a marca de $ 350 milhões em bilheteria mundial e foi amplamente elogiado pela crítica por retomar às origens do horror e do suspense que marcaram o clássico original.
 
O HORROR NO CINEMA BRASILEIRO

Lançado pela Netflix, o filme Abraço de mãe conseguiu uma atenção especial do público com uma trama curiosa de uma bombeira vivida por Marjorie Estiano tentando evacuar um asilo com risco de desabamento em meio a uma tempestade. O filme, dirigido por Cristian Ponce, traz influências incomuns no terror nacional, como a obra do influente autor H. P. Lovecraft.
Lançado direto nos cinemas, o filme Continente, de Davi Pretto, mescla ideias de dois filmes de gênero bastante emblemáticos do Brasil dos últimos anos (Bacurau e Propriedade), mas segue em outra vertente do horror: o vampirismo. O filme conta a história de uma mulher, vivida por Olívia Torres, que retorna ao Brasil, no interior de São Paulo, para tomar as rédeas da fazenda do pai, que está à beira da morte - mas há algo de muito errado entre os moradores do local.
Apesar de não ser totalmente um filme de terror, Cidade; Campo, de Juliana Rojas, lida bastante com a fantasmagoria presente em sua filmografia. O filme recebeu o prêmio de direção no Festival de Berlim e ainda o prêmio da crítica no Festival de Gramado. A trama, dividida em duas metades, mostra história de migração envoltas em elementos fantásticos, a primeira passada na cidade e a segunda, no campo.
 
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