CINEMA

Começa nesta quinta (6) a 28ª edição do Cine PE, no Teatro do Parque

Festival segue até o dia 11 e os ingressos podem ser retirados gratuitamente a partir das 17h na bilheteria do teatro

Publicado em: 06/06/2024 06:00

 (Foto: Ruan Pablo)
Foto: Ruan Pablo

A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual terá sua noite de abertura hoje, às 19 horas, no Cineteatro do Parque e, através do tema 'Ver, ouvir, sentir', o evento tradicional segue até o dia 11, com entrada gratuita,  e homenageia a conexão cheia de possibilidades entre a música e a sétima arte. A orquestra Bravo, sob regência do Maestro Dierson Torres, representará a temática escolhida pra esta edição com uma seleção sonora intitulada ‘Músicas para cinema’, dando início oficial a uma programação que inclui ainda homenagens a artistas e, ao longo dos próximos dias, debates com realizadores.

 

Com um número recorde de inscrições este ano (982 ao todo, 230 a mais do que no ano passado), o festival tem cinco longas nacionais selecionados para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito que integram a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e 15 compondo a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Dos 28 títulos selecionados para as competições, 15 são inéditos no Brasil.

 

Fora da competição, na Mostra Hors-Concours, será exibido hoje o filme Grande sertão, novo trabalho de Guel Arraes (O auto da Compadecida), adaptação contemporânea do clássico da literatura Grande sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, estrelado por Caio Blat e Luísa Arraes. Já a Mostra Inquietações, da programação paralela do festival, ficará no Cinema do Porto, no Bairro do Recife, apenas no sábado e no domingo, com a exibição de nove curtas-metragens, entre eles os pernambucanos Dinho, de Leo Tabosa, Seu Adauto, de Edvaldo Florêncio dos Santos e Estação Janga-Lua, de Rui Mendonça.

 

Os longas selecionados para a competitiva foram o gaúcho Memórias de um esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa; o paulista Cordel do amor sem fim, de Daniel Alvim; o carioca Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen; o paulista Geografia afetiva, de Mari Moraga e o pernambucano No caminho encontrei o vento, de Antonio Fargoni.

 

Com realização de Sandra e Alfredo Bertini, o Cine PE contou na equipe de curadoria com a jornalista e crítica Nayara Reynaud, o crítico e programador Edu Fernandes e a professora, crítica e consultora de roteiro Carissa Vieira, em sua primeira participação como curadora do evento. “A experiência de participar da curadoria foi super rica principalmente porque dialogamos muito bem. Nossos pensamentos casam bem mesmo que cada um tenha visões próprias de cinema. Entramos em consensos muito proveitosos no sentido de tornar a seleção mais diversa possível. Buscamos abarcar vários gêneros, grupos sociais e lugares diferentes do país, porque o nosso cinema é muito plural e sua riqueza vem justamente dessa pluralidade”, afirmou Carissa ao Viver. “Queremos que o público se sinta contemplado na tela e consiga aproveitar e perceber a nossa preocupação e cuidado na hora de fazer a seleção”.

 

Sandra Bertini falou sobre as expectativas para a abertura do Cine PE. “Após essa retomada na área cultural de todas as artes – da dança ao teatro musical e ao cinema –, a gente percebe que a participação e o envolvimento do público cresceu muito. A cada edição, principalmente após os anos difíceis da pandemia, a gente nota uma motivação das pessoas em comparecer a todos os eventos. Esperamos que a exibição do filme de abertura, Grande sertão, consiga lotar o teatro, em uma noite que vai trazer ainda a orquestra Bravo tocando músicas de cinema e a homenagem a Tânia Alves, que se identifica tanto com a cultura nordestina e pernambucana. O que a gente espera e está observando nos dias que antecedem a abertura, é que terá um grande êxito tanto no primeiro dia quanto em toda a programação”, concluiu Sandra.

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