MÚSICA

Projeto Invasão promove atividades artísticas em comunidades do Recife

Programação em dezembro contempla pocket show e o lançamento de duas músicas com produção de clipes

Publicado em: 01/12/2023 16:55 | Atualizado em: 01/12/2023 17:06

 (Crédito: Divulgação)
Crédito: Divulgação
Criado em 2020 pelo empresário Mano Queiroga, falecido há um mês, o Projeto Invasão - composto por dez voluntários - realiza, em dezembro, uma programação musical que integra MC’s de diversas comunidades do Recife. A programação inclui a gravação de um pocket show em homenagem ao fundador do projeto, na mesma data do seu aniversário. A ação tem como objetivo arrecadar cestas básicas para o Natal e distribuí-las nas periferias. O lançamento de dois videoclipes também está na agenda.
  
O pocket show acontece neste domingo (3), a partir das 17h, e conta com a participação dos seis artistas beneficiados pelo projeto, que são: Vilão da Norte, Matheus Perverso, MC Louco, WK Chefe, Marck AS e a MC Lau Soares - mais nova integrante do grupo. Na ocasião, também estarão Chinina e MC Dread. O show será transmitido no perfil do Instagram @projetoinvasao_oficial.

No dia 15 é a vez do lançamento da música e do clipe do MC Vilão da Norte, intitulado “Motivos pra sonhar”, que estará disponível em todas as plataformas digitais. A música fala sobre os riscos e as adversidades que as pessoas passam para realizar sonhos. “Eu falo do momento em que é importante sempre dar o próximo passo, vencer e ter força de vontade e disciplina para fazer acontecer”, diz o MC.

Finalizando a programação de dezembro, no dia 29, acontece o lançamento da música e do clipe “Favela Pede Paz II - Set Invasão”. A música aborda a violência, a morte, o luto, o renascimento, através da fé e do pedido pela paz. De acordo com a voluntária, Mariana Maciel, o projeto atua visando quebrar preconceitos, romper barreiras e causar impacto e transformação social para jovens e adolescentes das comunidades mais vulneráveis de Pernambuco, através de atividades culturais que incluem música, dança, esporte e comunicação das favelas. “Durante seus três anos de atuação, o projeto já apoiou diversas iniciativas sociais e promoveu atividades que impactaram diretamente a vida de mais de 150 famílias na Região Metropolitana do Recife”, revela.

Entre as principais iniciativas do projeto, destaque para as aulas de futebol, karatê e dança, além da distribuição de cestas básicas, campanha para os desabrigados e assistência a ex-presidiários que desejam ressocializar e recomeçar as suas vidas. A música, porém, segue tendo o protagonismo do projeto, e também atuando como selo musical, potencializando a vidas de jovens artistas talentosos, vindos das periferias de Pernambuco.

O projeto forma profissionais que seguem prontos para atuar no mercado fonográfico e criativo. “Oferecemos, junto a diversos parceiros, uma estrutura de qualidade para que os jovens possam desenvolver suas habilidades artísticas. Foram mais de 100 lançamentos digitais e videoclipes distribuídos nos canais e plataformas digitais do projeto”, explica Mariana.

Segundo a voluntária, o projeto sobrevive, sobretudo, da inquietação de quem nunca se conformou com as mazelas e com a falta de oportunidades para jovens que moram em periferias e que tem o desconforto como combustível para agir, movimentar, transformar e expandir. “O projeto é um impulsionador de sonhos e se posiciona como um vetor socioeconômico que possibilita concretizar a manutenção da vida de jovens da periferia e das favelas, a partir do acesso à arte e à cultura. A gente se reconhece como uma organização pautada na estrutura horizontalizada que visa disputar a narrativa e construir um olhar diferente daquele que concebe estereótipos negativos das pessoas que habitam os bairros de periferia. Trazemos propostas que possam colaborar com a ressignificação da projeção dessa imagem. Queremos transformar as comunidades em um local onde a juventude seja valorizada, tenha seus direitos respeitados e que seja estimulada a desenvolver seus potenciais”, acrescenta Mariana.

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