RECONHECIMENTO
Banda Ave Sangria se tornará Patrimônio Cultural Imaterial do Recife
Publicado em: 21/09/2023 13:22
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| Foto: Flora Negri / Divulgação |
A iniciativa da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) para reconhecer a banda Ave Sangria como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, em Projeto de Lei nº 106/23, foi aprovada por unanimidade no dia 18 e também na votação em segundo turno, seguindo em votação para sanção do prefeito João Campos. Ave Sangria é uma das principais expoentes da cena musical psicodélica pernambucana da década de 1970, fazendo parte da memória afetiva de várias gerações.
“A banda Ave Sangria é uma banda que se estabelece na década de 70, no Recife, a partir da junção de alguns jovens que moravam na antiga Vila dos Comerciários, que hoje se chama Vila da Tamarineira. Essa Juventude se junta para tocar o melhor rock nacional fazendo uma junção importante de ritmos pernambucanos com o rock internacional, o que deu no que nós chamamos de a ‘melhor banda psicodélica do Brasil’. Uma banda que leva esse rock absolutamente diferenciado Brasil afora e que eles são absolutamente importantes para a construção de uma música e de uma cena pernambucana. Eles foram absolutamente pioneiros no que seja aquilo que a gente discute hoje como multiculturalismo, como transversalidade de ritmos e diversificação”, comentou a vereadora Cida Pedrosa, autora da proposta.
A banda Ave Sangria estreou em 1974, quando lançou seu primeiro álbum, que teve grande repercussão, mas também enfrentou a censura e a proibição da Ditadura Militar. Apesar disso, a banda continuou a se apresentar em Recife até o final de 1974, quando suspendeu suas atividades. Após 40 anos do lançamento do álbum de estreia, a banda se reuniu em 2014 para shows comemorativos, o que gerou uma série de apresentações por todo o Brasil. Em 2019, lançou o álbum "Vendavais", que contou com três integrantes da formação original e apresentou 11 músicas inéditas compostas ainda nos anos 70.
Patrimônio cultural imaterial é a riqueza cultural expressada por meio de práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos e indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Esse patrimônio é transmitido de geração a geração, constantemente recriado e gerador de identidade e diversidade. Ele se manifesta em saberes, ofícios, celebrações, formas de expressão e lugares culturais.
"É uma satisfação muito grande receber esse reconhecimento até porque as outras pessoas que fazem parte dessa galerai eleita são geniais, gente da melhor qualidade. Então pra nós é uma honra fazer parte dessa comunidade especialíssima da cultura. Só tenho a agradecer demais à vereadora Cida Pedrosa e parabenizá-la por tudo o que ela está fazendo pela cultura pernambucana e recifense", comentou ao Viver o integrante da banda, Marco Polo.
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