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/Foto: Luma Torres/Divulgação
Com dois anos de carreira na música, o cantor recifense Mazuli, 25, lançou o seu primeiro álbum nesta sexta-feira (27), disponível nas plataformas digitais. Como um repertório autoral, Mazuli apresenta sonoridades e poéticas que vão além do que se convencionou chamar "regional", trazendo uma embalagem mais "pop", embora esses rótulos soem como amarras ao artista, que aspira liberdade. "Esse disco é de uma pessoa que tem muito medo, mas ainda assim se joga. Como falo na canção Truman, vi o precipício e pule", diz. A inspiração vai de Céu a Lenine, passando por Otto, com quem gravou o single 8 ou 80, em setembro de 2020. O projeto teve direção musical de Pedro Liao, com co-produção de Carlos Filizola.
O álbum conta com 11 faixas assinadas somente por Mazuli ou com parceiros. São eles: Guilherme Barreto, Helton Moura, Mila Nascimento e Juliano Holanda e Inês Maia, que colaboram em Truman. O lançamento é um reflexo dessa multiplicidade de referências. Raspe com a colher é o primeiro single e ganhou clipe com direção de Cezar Maia.
Neto de um baterista, Mazuli recorda de suas idas constantes a Itamaracá, famosa ilha de Pernambuco. Entre as cirandas da célebre Lia e as músicas escutadas nos seguidos dias da viagem, ele foi descobrindo o apreço pela música. “Aos oito anos, fiz dois meses de aula de violão, mas, quando decorei os primeiros acordes, abandonei o professor e comecei a tocar sozinho", revela. A certeza que a música seria sua fé e profissão veio aos 19 anos, já cursando a faculdade de Direito.
A escolha de um repertório inteiramente autoral não é por acaso. "A ideia de ser cantor nasceu a partir da composição. A palavra sempre foi muito importante. A partir dela, vou criando as melodias. Comecei a cantar para dizer aquilo que escrevo, é o que me instiga". E foi colocando suas vivências no papel, ouvindo Lirinha, Cidadão Instigado, Chico Buarque, Toquinho e Vinicius de Moraes, entre tantos outros, que Mazuli encontrou sua melhor versão. "Todos esses artistas me inspiram muito, mas, na verdade, componho pensando em samba ou brega. Na minha mente, sempre vem um Gonzaguinha, um Odair José", brinca.
Assista a Raspe com a colher:
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