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Edgard Scandurra encerra polêmica com Roger Moreira: 'Quero que ele seja feliz'

Publicado em: 17/08/2020 16:09 | Atualizado em: 17/08/2020 16:40

Edgard Scandurra e Roger Moreira (Foto: Carina Zaratin/Divulgação e Instagram/Reprodução)
Edgard Scandurra e Roger Moreira (Foto: Carina Zaratin/Divulgação e Instagram/Reprodução)

O músico Edgard Scandurra, guitarrista e fundador do grupo Ira!, deu uma entrevista para o canal do YouTube do programa pernambucano Papos & Beats, no último domigo (16) - a atração integra a programação da Rádio Paulo Freire, que está parada por conta da pandemia. Entre os temas abordados, esteve a recente polêmica criada por Roger Moreira, do Ultraje a Rigor. A controvérsia começou quando Scandurra criticou o apoio de Moreira ao presidente Jair Bolsonaro durante uma entrevista, se tornando alvo de uma série de insultos violentos do músico da Ultraje.

No programa, Edgard Scandurra atendeu ao pedido de um fã, Mateus Paul, que queria escutar a música Sonhando, uma parceria com Ciro Pessoa, fundador e ex-integrante dos Titãs. "Vou aproveitar uma carona com esta música e falar umas coisas que eu acho que precisava falar", disse Edgard, que então começou a contar a sua história com Ciro Pessoa, falecido por conta da Covid-19 em maio. Foi quando o músico então lembrou Roger Moreira.

"Queria aproveitar esse momento, pra falar de um outro cara, com quem trabalhei muitos anos e cheguei inclusive a dar o nome da banda que ele toca, que é o Roger, do Ultraje". Scandurra relembrou a história da polêmica, até para situar todos que estavam na live. A discussão ocorreu no Twitter e circulou bastante entre fãs e consumidores do rock nacional. "Ele (Roger) teve uma reação muito negativa com isso, me agrediu nas redes sociais, me xingou de uns palavrões que eu nem sabia que existiam", disse Edgard.

"O Roger, durante muitos anos, quando eu comecei, quando tava no Ultraje, foi um cara muito importante na minha carreira. Amigo! Que me pegava em casa, me levava pros ensaios/ Eu era um duro, não tinha um tostão. Pagava uma cerveja pra mim. Dávamos muita risada juntos", disse. "Eu não tô na posição de ser polícia de ninguém, entendeu? Se ele tem a posição dele, política, que ele quer apoiar, quem eu não apoio (o governo Bolsonaro) de jeito nenhum, que ele seja feliz na posição dele. Eu não sou policial dos costumes das pessoas. Então eu respeito muito o tempo que estive nessa banda, no Ultraje. A obra que eles tem, as músicas que eles fizeram."

Tentando dar um ponto final à polêmica, Scandurra continuou: "Agora, eu sigo o meu caminho, ele segue o dele e eu não tenho intenção nenhuma de ficar olhando o que ele faz ou deixa de fazer. Só queria deixar esse registro, assim, pra não ficar essa briguinha. Essa coisa que não leva a lugar nenhum. Que cria esse clima de torcida, que não leva a lugar nenhum [...] "Eu respeito o cara! Quero que ele seja feliz! E que ele siga o caminho dele". Em seguida pegou o violão e tocou a canção Sonhando, que nunca foi gravada, ma ganho registro durante o programa. 

O Papos & Beats tem como objetivo é debater e refletir, a partir das composições dos artistas convidados, os principais temas sociais e políticos da atualidade no País. Já passaram pelo programa artistas como Fred Zero Quatro (Mundo Livre S/A), a Banda Eddie, Karina Buhr e China, além de vários artistas da nova safra pernambucana. Com a pandemia, o Papos & Beats passou a ter o formato de lives e, assim, entrevistar vários outros artistas nacionais, a exemplo de Zé Renato (Boca Livre), Odair José, Lucio Maia (Nação Zumbi), Fernanda Takai (Patu Fu), entre outros.

Confira o Papos & Beats com Edgard Scandurra:

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