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Dilsinho lança DVD gravado no Recife: 'Um sonho realizado'. Confira a entrevista

Publicado em: 07/08/2020 08:31 | Atualizado em: 07/08/2020 11:27

Show foi gravado no Bairro do Recife, em dezembro de 2019 (Foto: Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Show foi gravado no Bairro do Recife, em dezembro de 2019 (Foto: Rodolfo Magalhães/Divulgação)


A paisagem litorânea do Bairro do Recife é o cenário do DVD Open house, lançado pelo cantor carioca Dilsinho nas plataformas virtuais nesta sexta-feira (7) - transmissão completa no YouTube, às 19h, com vídeos publicados no sábado (8). Uma estrutura tecnológica e acompanhada por pirotecnia completa o tom do espetáculo, gravado em dezembro do ano passado. O repertório é composto por 22 canções que estão sendo responsáveis por renovar o pagode romântico, um gênero parece ter encontrado a sua consolidação na era do streaming. No palco, o artista recebeu Thiaguinho, Henrique e Juliano e Atitude 67.

Como de costume, alguns momentos da gravação foram prestigiados apenas pelo público presente. Antes no início do show, por exemplo, uma tempestade tomou conta do Bairro do Recife. "Sempre tem alguma coisa que acontece e acaba virando história depois, né? Mas na hora do show, não houve uma gota d'água. E a chuva só voltou depois da gravação", conta Dilsinho, em entrevista ao Diario de Pernambuco por telefone. "Senti um friozinho na barriga, mas também por ser um DVD gravado no Recife. Esse é um tipo de coisa que risco da listinha e digo 'consegui'. Pernambuco é um lugar que representa muito a música popular brasileira e sempre recebe o samba com muito carinho. Foi um sonho realizado."

As canções do Open House já vinham sendo disponibilizadas nas plataformas digitais. A equipe do artista montou um planejamento de lançamentos semanais e, após a liberação do DVD, as faixas serão compiladas em um único álbum, com o mesmo nome do show. Apenas Misturados, ainda inédita, será lançada como single. Essa estratégia revela alguns caminhos do cantor mais ouvido do Spotify no Brasil, com 7 milhões de ouvintes mensais. Além dessa marca, Dilsinho venceu o troféu de Cantor do Ano no Prêmio Multishow de 2019.

"É sempre uma responsabilidade grande sair de um projeto de sucesso como o Terra do nunca (2019), que foi o quinto álbum mais ouvido daquele ano, e ir para outro. Pela primeira vez estive presente na direção musical de um álbum, tendo mais voz nas decisões e contando com a ajuda das pessoas que trabalham comigo e do meu público, que é responsável por esses números”, conta o cantor, que teve apoio de Michel Fujiwara e Bruno Cardoso, vocalista do grupo Sorriso Maroto.

No cenário, dois palcos foram montados e interligados entre si. O primeiro, Quarto e sala, apresenta versões mais intimistas das músicas mais românticas de seu repertório, com instrumental de cordas e metais. Já no Open House, foram gravadas as performances mais animadas, pulsantes, em clima de festa.

Três perguntas - Dilsinho, cantor
 (Foto: Rodolfo Magalhães/Divulgação)
Foto: Rodolfo Magalhães/Divulgação

O pagode foi um fenômeno dos anos 1990, também começo dos anos 2000. O gênero nunca deixou de ser sucesso, mas pela primeira vez estamos vendo o pagode ser um fenômeno do streaming. Como enxerga essa nova geração que você integra?
De dez em dez anos temos uma renovação da música, em todos os segmentos. A música está em constante movimento. Acho que o que estou vivendo agora faz um pouco parte disso, dessa sofisticação e renovação, a lado de outros artistas incríveis. No entanto, não podemos deixar de exaltar tudo o que o pagode já fez. O que foi feito lá atrás é que me dá a oportunidade de vencer hoje. O que está acontecendo comigo, por exemplo, também vai reverberar em outros artistas. Eu vejo que um caminho pode render muitos frutos. Sou muito ativo em relação a isso e acho muito importante que coisas novas apareçam. Só temos a ganhar com isso.

Como tem sido o período em quarentena? Como você, enquanto um artista grande, tem notado dificuldades entre setores do entretenimento?
Eu fiz duas lives. A primeira foi o Live in house. A segunda teve um tema chamado Sol, (a)Mar e Lua, com cenário mais paradisíaco. Recentemente também participei de uma live do Léo Santana e foi uma energia muito boa, sempre é bom ter uma conexão com públicos quando estamos mais distantes. Sobre as dificuldades, nossa empresa tem dado um suporte para o máximo de pessoas que conseguimos. O momento é difícil para todos, mas não podemos abandonar ou largar nossos parceiros da equipe técnica. Aos poucos as coisas vão dando uma flexibilizada, mas os shows não voltam de uma vez. Estamos nos reeducando, falando sobre isso diariamente.

Após a pandemia, qual o seu primeiro desejo a ser realizado?
Não lembro de ficar tanto tempo sem cantar. Pela primeira vez depois de muito tempo estou lançando um projeto sem poder ouvir as pessoas cantando, sem viver aquilo no dia a dia. Isso causa um vazio muito grande na gente. Se voltássemos hoje, com certeza o meu maior sonho seria colocar no Open House na rua.

Confira o vídeo de restrospectiva da carreira do cantor:

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