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Após dois anos fechado, Cinema da Fundação do Derby finalmente volta a funcionar

Primeira semana terá exibição de cópia restaurada de Vidas Secas (1963) e sessões gratuitas

Publicado em: 20/03/2018 16:25 | Atualizado em: 20/03/2018 16:36

Vidas Secas foi indicado à Palma de Ouro, em Cannes, no ano de 1964. Foto: Sino Filmes/Divulgação

Fechado para reformas desde dezembro de 2015, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco do Derby vai reabrir as portas na próxima segunda-feira, dia 26. A sala, localizada no Edifício Ulysses Pernambucano, será reinaugurada com a exibição de Vidas secas, clássico do Cinema Novo dirigido por Nelson Pereira dos Santos, inspirado na obra de Graciliano Ramos. A sessão, marcada para as 20h, terá entrada gratuita, como o restante da programação exibida ao longo da primeira semana de funcionamento da sala.

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Anteriormente com o fim das obras previsto para o primeiro trimestre de 2017, a sala retorna em uma data simbólica, poucos dias após a inauguração original do espaço, dia 23 de março de 1998. Avaliada em mais de R$ 8 milhões, a reforma não contemplou apenas o Cinema da Fundação, mas todo o prédio, que ganhou novos equipamentos, incluindo a revitalização do jardim interno.

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Entre as mudanças na sala do Cinema da Fundação estão as novas poltronas, com assentos especiais para obesos, cadeirantes e pessoas de mobilidade reduzida. Ao todo, são 160 lugares. O equipamento também passou a contar com saída de emergência e corredores mais espaçosos. A reforma ainda resgatou características arquitetônicas originais da edificação, com janelas voltadas para o Rio Capibaribe.

Além da cópia de Vidas secas restaurada em 4k, a Fundação exibe nesta semana outra produção de Nelson Pereira do Santos: Rio, Zona Norte (1953). Também do Cinema Novo, outros títulos entram em cartaz: Ganga Zumba (1953), Os herdeiros (1970), Joanna francesa (1973) e Chuvas de verão (1978), os quatro dirigidos por Cacá Diegues. Todos serão exibidos em versões restauradas, em cópias digitais DCP. Outro clássico nacional escalado é O canto do mar (1953), de Alberto Cavalcanti.

Produções contemporâneas também farão parte da retomada da sala, com mostra de documentários de cineastas pernambucanas, nos dias 3 e 4 de abril. A programação incluirá debate sobre a atuação feminina no meio cinematográfico do estado. A seleção inclui O rochedo e a estrela, de Kátia Mesel, Rio Doce/CDU, de Adelina Pontual, JMB – O famigerado, de Luci Alcântra, A mesa vermelha, de Tuca Siqueira, e Câmera de espelhos, de Déa Ferraz. O documentário Saudade, mais recente trabalho de Paulo Caldas, é outro título que integra a programação da sala.

Mais uma novidade é a exibição de filmes do jornalista e cineasta pernambucano Geneton Moraes Neto (1956-2016), cuja obra em Super-8 foi recentemente digitalizada em 4K pela Cinemateca Pernambucana. A mostra será apresentada e discutida pelo crítico Rubens Machado Júnior, estudioso da história do cinema experimental brasileiro.

O público infantil também será contemplado com programação especial no domingo (1º), quando será exibida a animação Historietas assombradas, de Victor Hugo Borges, sessão que será antecedida por apresentação da contadora de histórias Carol Levy.

Programação

Terça-feira (27)
20h - Vidas secas

Quarta-feira (28)
14h30 - Projeto Alumiar - O canto do mar
18h20 - Saudade
20h - Os herdeiros

Quinta-feira (29)
15h50 - Joanna francesa
20h - Chuvas de verão

Sexta-feira (30)
15h40 - Vidas secas
17h50 - Joanna francesa
20h - Rio, Zona Norte

Sábado (31)
15h - Rio, Zona Norte
16h50 - Vidas secas
19h - Mostra Geneton Moraes Neto + Debate

Domingo (1º)
16h - Show de Carol Levy
17h10 - Historientas assombradas
19h - Ganga Zumba

Terça-feira (3)
16h10 - O rochedo e a estrela
17h50 - JMB - O famigerado
20h - Mostra Geneton Moraes Neto

Quarta-feira (4)
15h40 - Rio Doce/CDU
17h20 - A mesa vermelha
19h - Câmara de espelhos Debate: Mulheres no cinema pernambucano

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