Entrevista Com show a R$ 1, Simone elogia Lira, Karina Buhr e diz não se incomodar com piadas de Natal Cantora sobe ao palco do Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, nesta quinta-feira (28)

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/04/2016 12:00 Atualizado em: 27/04/2016 15:00


Direção geral da turnê, iniciada em 2015, é assinada pela atriz Christiane Torloni. Foto: Simone/Divulgação
Direção geral da turnê, iniciada em 2015, é assinada pela atriz Christiane Torloni. Foto: Simone/Divulgação

Com mais de 40 anos de carreira e uma penca de sucessos no currículo, a cantora Simone está, facilmente, no alto escalão da MPB. Mas se engana quem pensa que o show dela é quase inacessível, como o de outros nomes. A apresentação A melhor ser, que chega ao palco do Teatro Guararapes (Olinda) nesta quinta-feira (28), teve todos os ingressos vendidos a, acredite, R$ 1, esgotando em menos de dois dias.

Confira o roteiro de shows do Divirta-se

A ideia da cantora é proporcionar um espetáculo musical para um público mais popular. "Consigo perceber o encantamento de quem está descobrindo esse universo mágico", diz. No repertório estão músicas do álbum homônimo produzido em homenagem a compositoras como Rita Lee, Zélia Duncan, Adriana Calcanhoto e Marina Lima.

O espetáculo também terá músicas ainda inéditas na voz de Simone. O tom do amor (Moska/Zélia Duncan), Canteiros (poema de Cecília Meireles musicado por Fagner) e Candeeiro (Teresa Cristina) não chegaram a ser gravadas pela cantora. 

Em entrevista concedida ao Viver, a cantora afirma também não se incomodar com a repercussão da música Então e Natal, versão para Happy Xmas, de John Lennon, reproduzida à exaustão no período natalino.

Serviço

Show ‘É Melhor Ser’, de Simone
Quando: Quinta-feira (28), às 20h
Onde: Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, Salgadinho, Olinda - PE
Ingressos esgotados

Entrevista >> Simone


Como surgiu a ideia de fazer turnê a R$ 1?

Esse era um sonho antigo, conseguir fazer uma turnê verdadeiramente popular, para que os mais diferentes públicos pudessem ter acesso ao meu show. Sei que muitos gostariam de assistir a um espetáculo, mas não podiam pagar o ingresso. Então, finalmente consegui democratizar o acesso e estou vivendo um momento muito especial na minha carreira, com um público que está indo ao teatro pela primeira vez. Consigo perceber o encantamento de quem está descobrindo esse universo mágico. É emocionante vivenciar isso e também sentir uma plateia tão calorosa, ávida por boa música e por arte. Esse projeto, obviamente, só foi possível graças ao patrocínio da Bradesco Seguros, que viabilizou essa turnê popular. Estou correndo o Brasil inteiro com a estrutura completa do show, com tudo que o público merece.

Todo fim de ano, é comum as pessoas relembrarem sua versão de Então é Natal, o que você acha disso?
Eu acho muito natural, porque a trilha natalina é algo muito forte e meu disco faz parte da vida das pessoas há muitos anos. Sempre digo que tenho um orgulho imenso em ter feito esse trabalho, porque não apenas celebra o Natal, mas o meu aniversário. E é uma tradição muito bonita no mundo todo, os principais artistas fazem discos especiais de Natal. Aqui é menos comum, talvez por isso meu disco sempre volte à tona quando se aproxima do final do ano, mas temos outros belos discos natalinos, como da Bibi Ferreira, Ivan Lins, entre outros.

Algum artista da nova MPB que chame sua atenção?
A MPB se renova constantemente, por isso é tão rica, sempre surgem novos nomes e procuro sempre ouvir o que está surgindo. Gosto muito do Criolo, do Marcelo Jeneci. Pernambuco também é um celeiro de grandes talentos. Gostei muito do último disco do Lira e da Karina Buhr

Com mais de 30 anos no mercado, você acompanhou diversas fases da indústria musical. O que você acha que é essencial para um artista fazer sucesso hoje em dia?
Na verdade, já são 43! (risos). Continuo acreditando que uma coisa é fundamental para se chegar ao coração das pessoas: a verdade. Porque só fazendo o que acredita você consegue levar uma carreira por tanto tempo. As coisas fabricadas podem até ter um sucesso passageiro, mas é preciso ter verdade, credibilidade para que seja duradouro. Basta observar a carreira de quem está aí há muitos e muitos anos, há uma coerência. Eu sempre fiz as escolhas que quis, gravei os artistas que me emocionam e o público percebe isso, sabe que quando estou no palco, estou inteira, cantando apenas as coisas nas quais verdadeiramente acredito.

Você acompanha a nova geração de cantoras da MPB?
Sim, como falei, eu procuro sempre estar atenta ao que acontece na nossa música. Gosto muito da Céu, é uma das que mais ouço. Adoro Tulipa Ruiz, Roberta Sá. Também adoro cantoras mais viscerais como a Alice Caymmi e a Simone Mazzer. E a Karina Buhr, que também já tinha falado.



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