Música Nando Reis aposta na fórmula voz e violão em novo disco Cantor assina e lança disco com 14 faixas

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 03/12/2015 19:00 Atualizado em: 03/12/2015 17:02

Lado intimista de Nando Reis é explorado em novo álbum ao vivo. Foto: Deck Disc/Divulgação
Lado intimista de Nando Reis é explorado em novo álbum ao vivo. Foto: Deck Disc/Divulgação

Um microfone, uma cadeira, um violão. Foi apenas com esses elementos que Nando Reis gravou o registro do seu mais recente trabalho Nando Reis – Voz e Violão - No recreio – Vol. 1. O disco tem 14 faixas, é ao vivo, resultado da apresentação do ex-Titã no Citibank Hall, em São Paulo. Muito intimista, o repertório é uma mescla de canções recentes e até composições do artista que são sucesso nas vozes de outros músicos brasileiros.

Desde 2012, quando saiu o Sei, com faixas inéditas, que Nando Reis não lança um novo disco. O trabalho em voz e violão não traz nada de novo no repertório, mas marca a primeira vez que o cantor grava um CD sem a própria banda. As faixas escolhidas ganharam novos arranjos e a sonoridade mistura melodias e dedilhados apenas nas cordas do violão.

A produção é assinada pelo próprio músico que levou o material gravado para Jack Endino, em Seatle, mixar e por fim para Chris Hanzsek masterizar, também nos Estados Unidos. O projeto foi lançado na última sexta-feira (27) em formato físico e digital pela Deck Disc em parceria com o selo de Nando, Relicário. A expectativa é que seus discos agora sejam lançados pelo selo. O projeto No Recreio – Vol.1 também ganha a opção em vinil a partir de janeiro.

(Vanessa Angeiras, especial para o Viver)

Capa de No Recreio, Volume 1. Foto: Deck Disc/Divulgação
Capa de No Recreio, Volume 1. Foto: Deck Disc/Divulgação


Nando Reis conversou com o Viver sobre o novo disco e planos para 2016. Confira:

Algumas faixas que estão no novo disco, como “Dentro do mesmo time” (A letra A, 2003) e “Nos Seus olhos” (Sim e Não, 2006) são composições antigas. Já a “Lamento Realengo” (Sei, 2012) e “Pra você guardei o amor” (Sei, 2012) são bem recentes. Como foi montar o repertório para o disco?

Montar o repertório é sempre uma equação que cada artista acho que tem o seu critério para cada ocasião. Para este show, eu primeiro queria músicas que fossem mais adequados a sonoridade, um equilíbrio de músicas conhecidas com músicas menos conhecidas, até com músicas que eu nunca tinha cantado, como Diariamente e Sutilmente. Eu tenho um repertório vasto e eu achava importante não só a sonoridade como a novidade no repertório. Nesses shows que eu venho fazendo já na turnê desse disco eu vou alterando também, é difícil eu repetir o mesmo repertório, principalmente nessas músicas digamos lado B. Agora eu também fiz uma escolha para o repertório do disco, pois o repertório do show era muito maior, ficaram umas dez ou doze músicas de fora.

Como foi gravar Diariamente (Marisa Monte – Mais, 1991) e Sutilmente (Skank – Estandarte, 2008)? Qual a sensação ao revisitar essas composições?
É como rever velhos amigos que você não vê há muito tempo. “Diariamente”, que foi uma música que eu compus, ela nunca entrou no meu repertório por uma questão simples até, eu nunca encontrei um arranjo bom para tocar com a banda. “Sutilmente” é bem diferente porque é uma música que eu escrevi apenas a letra, então eu inclusive vi o arranjo de Samuel (Rosa) para ver como ele tocava e aí fazer o meu arranjo. E ali no disco ela ficou com uma citação da “Besta é Tu”, dos Novos Baianos, eu acho que as letras acabam ficando interessantes, o complemento que a “Besta é Tu” dá. Foi muito bacana. Esse show foi inesperado. O convite surgiu para eu fazer essa apresentação num lugar tão grande e eu inclusive falei "vamos registrar" porque os shows que eu faço voz e violão são normalmente em lugares menores. Então eu preparei um show que nasceu ali, em “Diariamente” eu erro um pouco a letra e eu achei que deveria sair assim pela espontaneidade e até autenticidade do próprio registro. São músicas que naquele momento estavam muito recentes na minha mão, na minha boca. Músicas são sempre assim, vão mudando.



O disco tem o título No Recreio - Volume 1, ainda vêm quantos volume por aí?
(Risos) Ninguém sabe, eu tenho muitos planos, acabei de lançar esse. Surpresas!

"Despido do meu lado infernal" é o que você diz logo nas primeiras faixas por estar no palco sem a banda dos Infernais. Como é a experiência de estar no palco sem eles?
É a minha essência. Não é muito diferente, é diferente o tipo de sonoridade. Naquele momento ali o lugar era muito grande, tinha muita gente e como o show era novo parecia que eu estava despido, apenas voz e violão. Mas eu toco violão desde que eu tinha 7 anos. É a mesma coisa, sabe? Eu gosto tanto de fazer show voz e violão, quanto de tocar com eles.

Os arranjos você fez sozinho? Qual era sua intenção?
Esse disco sou eu e meu violão. O violão e eu fizemos juntos. Eu sempre quero dar uma sonoridade legal, que seja emocionante e principalmente que fique bem na minha voz, na minha mão.

Suas composições são muito íntimas, você fala dos seus filhos, de amor. Você acha que essa fase mais acústica, mais calma, está relacionada à sua vida amorosa hoje?
Acho que sim, todo CD acaba sendo uma expressão daquilo que você está vivendo. Então se você não tiver casamento com a sua própria vida (risos), está meio pirado né? (Risos)

Falando agora no futuro. Tem um disco de inéditas previsto para o ano que vem. O que é que o público pode esperar deste disco? Já tem nome?
O disco está em gravação. Termino de gravar em fevereiro, mixo em março e lanço em agosto. O nome do disco é uma surpresa (risos). Ah, não sei, o disco só fica pronto quando termina, então até lá muita coisa pode acontecer, inclusive mudar de nome.

Os fãs podem esperar um Nando mais acústico ou mais Infernal?
Você saberá em agosto!

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