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Teatro "Recuperei a minha agilidade corporal", diz Leandro Hassum, após nove meses de cirurgia Humorista apresenta o espetáculo Lente de aumento, neste sábado, no Teatro Guararapes

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/08/2015 20:03 Atualizado em: 29/08/2015 13:43

Foto: Middia Assessoria/Divulgação (Foto: Middia Assessoria/Divulgação)
Foto: Middia Assessoria/Divulgação

Um dos ícones da comédia da televisão e do cinema nacional, Leandro Hassum apresenta um projeto autoral neste sábado, às 21h30, no Teatro Guarapaes. Escrito e interpretado por ele e dirigido por Daniela Ocampo, Lente de aumento é um stand up comedy sobre pequenos fatos do cotidiano, que passam despercebidos pelo olhar de muitos. O espetáculo está há oito anos em cartaz e está na segunda turnê. Mais magro, Hassum emagreceu 45 kg em nove meses após cirurgia de estômago. O cardápio de piadas sobre peso pode ser reduzido. Ou não! Além do teatro, Hassum está no ar no seriado Chapa quente, que vai ao ar às quintas-feiras, às 22h25, na Globo. O humorista também planeja projeto autoral para o cinema, ainda embrionário.

Como surgiu o Lente de aumento?
Após o sucesso do Nós na fita com o Marcius Melhem, tive a ideia de montar um espetáculo solo, até porque já tinha quase o texto todo na minha cabeça. Coloquei tudo no papel e comecei a fazer para plateias pequenas, mas logo o público se identificou e estou há oitos anos em cartaz direto.

Lente de aumento tem texto e idealização sua. Você pretende apresentar algum projeto autoral para a televisão?
Não sei se para a TV, mas com certeza para o cinema. E isso vai acontecer em breve. Mas ainda não posso adiantar nada sobre isso.

Está mais frequente o formato de monólogos ou stand up comedy no teatro brasileiro. Na sua opinião, por que isso acontece?
Acredito que é um formato mais democrático e sem dúvida com um custo de produção mais baixo também. Isso acaba dando oportunidade para vários comediantes começarem a trabalhar e muitos dos que estào hoje fazendo sucesso na TV, começaram desta forma. O stand up comedy é um formato que logo encontrou o seu público, mas é um tipo de humor que vários comediantes como o Jô Soares, Chico Anysio e José Vasconcelos já faziam no passado, que é o humor baseado na observação das curiosidades do cotidiano comum a todos.

A cirurgia provocou alguma mudança enquanto humorista e artista ou apenas pessoal?
Somente no campo pessoal. de resto continuo o mesmo de sempre. Acho que a única mudança foi ter recuperado a minha agilidade corporal, que estava um tanto comprometida pelo excesso de peso. Mas só isso mesmo.

Você é muito autocrítico? É estranho se ver na televisão e no cinema?
Gosto muito de analisar o que eu faço. Até para buscar um aprimoramento e ver onde acertei e onde posso ter errado. Nem um pouco! Gosto de ver o resultado do trabalho na telinha e principalmente acompanhar a reação do publico.

Como lida com o preconceito com a comédia nacional no cinema, presente na classe cinematográfica e em parte do público?
Isso é uma discussão antiga, mas claro que não acho que por ser uma comédia o filme é menos importante do que um de drama, por exemplo. O humor tem um papel não só de entreter, mas de questionar problemas e desmandos da sociedade e da classe política. O humor é tão importante quanto qualquer outro gênero. Não é porque a pessoa saiu feliz do cinema que ela não questionou algum assunto ou saiu com alguma mensagem positiva. Mas se for um filme exclusivamente para divertir, ele é importante até porque a produção em si gera empregos e leva as pessoas ao cinema, o que é bom para o mercado como um todo.

Depois de Geração Brasil, sente vontade de fazer outra novela?
Se for um bom personagem, faria com todo o prazer. Mas no momento estou 100% focado no Chapa quente, que terá uma segunda temporada no ano que vem.

Você passou dez anos no Zorra. Recentemente, foi escalado para um programa com outro tipo de humor, o Chapa quente. Tem sido elogiado por sair do lugar-comum. Esse mesmo movimento aconteceu com Marcius Melhem, parceiro de muitos anos, que também passou a fazer um humor diferente. Como enxerga isso?
Como um amadurecimento artístico de ambas as partes. Sempre gostamos de experimentar todas as vertentes do humor e felizmente tivemos oportunidades para exercitar isso. O humor em si já cumpre uma função social, até mesmo de inclusão. É um gênero muito democrático e que fala com todas as classes e idades.

Serviço:
Lentes de aumento
Onde: Teatro Guararapes (Centro de Convenções em Olinda)
Ingressos: Entre R$ 35 e R$ 90
Quando: Sábado (30 de agosto)



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