Entrevista
Atração do fim de semana, Humberto Gessinger fala sobre turnê e papel da música no mundo atual
Ex-vocalista do Engenheiros do Hawaii se apresenta no Chevrolet Hall, em noite que conta ainda com Biquíni Cavadão
Por: Pedro Siqueira - Diario de Pernambuco
Publicado em: 18/05/2015 20:00 Atualizado em: 20/05/2015 09:35
Humberto Gessinger se apresenta na mesma noite que o grupo Biquini Cavadão. Foto: Gustavo Varacrop/Divulgação |
Humberto Gessinger está de volta. Após apresentação de sucesso no Recife em 2014, o ex-Engenheiros do Hawaii apresenta a turnê Insular Ao Vivo nesta sexta (22), como atração do Porque hoje é rock!, no Chevrolet Hall (Olinda). No repertório, não devem faltar clássicos como Toda forma de poder e Infinita highway. A noite contará ainda com show do Biquíni Cavadão.
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"Não veja o show, faça o show”
Como está o momento atual da turnê?
Estamos apresentando o repertório do DVD Insular Ao vivo. Misturamos músicas novas com alguns clássicos. Músicas do Engenheiros do Hawaii também entram. Está sendo muito prazeroso, após anos de projetos acústicos, essa turnê me deu a possibilidade de voltar ao baixo elétrico. A banda também está afiada.
O show já passou por teatros, festivais e agora chega a uma casa de shows, como essa variedade influencia a apresentação?
Acho legal a variação de espaços. De certa forma é um teste de força para o que estamos fazendo. Cada local tem um público diferente. Teatros, casas de shows... Vamos nos adaptando.
Há planos para uma volta do Engenheiros?
Por enquanto, não. Pretendo fazer alguns shows pontuais em comemoração aos 30 anos do Longe demais das capitais (primeiro disco do Engenheiros), mas com essa mesma banda que me acompanha hoje. A ideia é prolongar um pouco mais a turnê Insular, focar totalmente nela.
A música pernambucana influenciou você em algum aspecto?
Sou muito influenciado pelo som nordestino dos anos 1970, de Fagner, Belchior, Alceu Valença. E Recife é um grande centro cultural e populacional, né? Tem Luiz Gonzaga, Dominguinhos, muita coisa boa.
Nos anos 1980, as bandas de rock nacional costumavam lançar um disco por ano. Hoje, esse intervalo aumentou para dois, até cinco anos. O que aconteceu?
As pessoas vivem inundadas de informações que fica até difícil se extrair algo. A tecnologia dá uma ilusão de velocidade que não é real. Só porque alguém pode lançar um disco a cada dia, não significa que ele deve. Acho que é um processo natural de amadurecimento. Não posso escrever as mesmas músicas, tenho composto menos.
O que se pode esperar do show no Recife?
Uma celebração, uma festa. Não só assista ao show, faça o show!
SERVIÇO
Biquíni Cavadão e Humberto Gessinger
Quando: sexta-feira, às 22h
Onde: Chevrolet Hall (Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho)
Quanto: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) e R$ 160 (frontstage) e R$ 80 (frontstage meia-entrada)
Informações: 3207-7500
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