Big Brother Brasil Mariza volta para casa e fala com o Diario A pernambucana priorizou seus princípios em troca do prêmio milionário e conquistou o Brasil inteiro

Por: Érica de Paula - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/03/2015 19:16 Atualizado em: 27/03/2015 19:51

Mariza e seus filhos João Eduardo e Caio. Foto: Érica de Paula/DP/D.A Press
Mariza e seus filhos João Eduardo e Caio. Foto: Érica de Paula/DP/D.A Press
Sorridente, brincalhona e cheia de expressões marcantes. Mariza Moreira, 51, professora de artes e ex-participante do reality show Big Brother Brasil, é pessoalmente, tudo o que você viu na televisão. Priorizou seus princípios em troca do prêmio milionário e conquistou o Brasil inteiro.

Mariza recebeu a equipe do Diario na casa de sua irmã, na Zona Norte do Recife, com seus filhos, irmãos e sobrinhos. No bate-papo, ela nos contou as experiências de participar do programa e seus planos para o futuro.

Religiosa, mãe de dois filhos, Caio, 24, e João Eduardo (Dudu), 14, Mariza confessa que não acreditou que sairia no último paredão, se entristece por ter chegado tão perto. “Lá na casa, você pensa muito em merecimento. Claro que eu queria ganhar e, com isso, não quero dizer que os outros não merecem. Não é isso. E fiquei triste sim. Se eu tivesse dado o anjo ao Cezar, o Adrilles teria ido para o paredão mas, ele é meu amigo. Não poderia fazer isto. Preferi ser Mariza e me arriscar. A gente vale muito quando não tem preço”.

A escolha rendeu a saída, mas um coração tranquilo e com sentimento de dever cumprido. A torcida atual, é claro, é para o único amigo verdadeiro que fez na casa e o segundo lugar é para o paranaese Cezar.

ENTREVISTA >> Mariza Moreira

Como foi o processo para entrar na casa mais vigiada do país?

Estava participando de um congresso de artes na UFPE e eles me acharam. Eles explicaram do que se tratava e é claro que não acreditei. Eles me mostraram o crachá, ainda sim fiquei desconfiada mas, dei meu número. Dois dias depois, eles me ligaram e fui participarticipar da seletiva regional. Não tive privilégios por isso. Passei por todas as etapas como todo mundo.

E o que fez você aceitar?

Os meninos (os filhos) me incentivaram. Eles me dissseram que eu não tinha nada a perder, talvez, só a ganhar. Fiz um pequeno cálculo e descobri que só ganharia algum valor parecido em mais de 50 anos de trabalho. Confesso também que fui um pouco sonhadora e passar um pouco dos meus valores altruístas de olhar para o próximo, ter um olhar solidário com as pessoas. Não sou a melhor mulher do mundo, mas a maneira que você vê o outro pode mudar a vida dele. Se posso fazer isso na sala de aula para as crianças, eu também poderia fazer o mesmo para milhares de pessoas que assistem ao programa. E fico feliz de saber que consegui passar isso sim. As pessoas gostaram de mim porque fui Mariza o tempo inteiro.

Quando você viu os outros participantse, se sentiu insegura?

Eu sou bem segura, sabe? Achei todo mundo legal à primeira vista. Pessoas bonitas e jovens, mas claro que eu me questionei: Onde vim amarrar meu jegue? Achei que estava deslocada. Tentei procurar logo pessoas que se encaixassem mais com meu perfil, que no início foram o Marco e o Fernando.

Um determinado grupo foi bastante hóstil com você durante todo o programa. Como foi lidar com isto?

Foi muito difícil. Acabei não sendo tão boa como eu poderia ser. O embate era tão intenso que me peguei copiando, muitas vezes, o que menos admiro nas pessoas. Sobre pressão eu não fui tão boa.

E o Fernando?

Com o tempo eu comecei a perceber que ele não segue a cartilha que prega. O que ele fala não é o que ele faz. No início ele me contou que se ganhasse iria dividir o prêmio, em partes iguais, com 300 famílias. No momento que ele disse isso até me senti mal. Com o dinheiro eu pensava em comprar minha casa, pagar o doutorado de Caio e os estudos do Dudu, e ajudar algumas pessoas da família, é claro. Mas não tinha pensado em nada assim. Lembrei, neste momento, do Frei Aluízio que mora no Coque e faz trabalho para ajudar as pessoas. Ele me inspirou. Fiquei contagiada.

E quando você se decepcionou?

Nas últimas semanas eu percebi que ele estava dominando a casa. Ele é calmo, conversa com você olhando nos olhos. Passa confiança, sabe? Mais comecei a pensar diferente. Meu medo era se eu estava fazendo um mal julgamento dele. E se eu estivesse, as pessoas me tirariam. E quando fui eliminada pensei que estava errada mas, agora estou aliviada e que fui até inocente.

E agora? Quais os planos para o futuro?

Tenho que ir ainda para o Rio de Janeiro para participar da final e de um encontro, no dia seguinte, com os outros participantes. Por enquanto está corrido. Muita gente ligando para fazer matéria e coisas assim. Quero voltar para a sala de aula, no entanto, estou aberta a novas oportunidades.

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