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Foto: Alessandra Oliveira |
A segunda edição do Festival "Viva as Diferenças" será realizada no dia 12 de abril, das 15h às 19h, no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife. O evento conta com uma programação gratuita e aberta ao público e promove respeito e inclusão às pessoas sorodivergentes, que possuem um funcionamento cerebral diferente do padrão considerado normal.
Entre as atrações confirmadas estão a Escola de Circo do Recife, a banda Fim de Feira e a bailarina Amanda Lima, primeira dançarina de ponta com Síndrome de Down do Norte e Nordeste. O evento contará também com cinema ao ar livre, exibindo produções que abordam a inclusão e a diversidade. Além disso, será apresentado um documentário feito pelos alunos da Oficina de Cinema da Aprimore Terapia Integrada.
A iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre as pessoas neurodivergentes através do acolhimento. O festival acontece dentro do Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
"Acreditamos que espaços como este são essenciais para promover a aceitação e garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de se expressar e participar plenamente da vida em comunidade. Através da arte, do esporte e da cultura, queremos mostrar que as diferenças não são barreiras, mas sim riquezas que tornam nossa sociedade mais plural e humana", afirma Juliana Maia, fonoaudióloga, terapeuta DIR Trainer e sócia fundadora da Aprimore.
Diagnóstico e abordagem
Uma pesquisa da Universidade de Stanford aponta que entre 15% a 20% da população mundial é considerada neurodiversa. No Brasil, o aumento no número de diagnósticos de neurodivergência está sendo cada vez mais discutido por especialistas. No país, levantamento do Censo de Educação Básica de 2022 a 2023 confirma que o número de crianças e adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA) matriculados em sala de aula aumentou 50%.
Fundada há nove anos, a Aprimore Terapia Integrada é uma clínica especializada para crianças e adolescentes neurodivergentes. Seu trabalho visa fortalecer competências essenciais para o desenvolvimento, como a autoconfiança e o senso de capacidade, fundamentais para que os jovens conquistem maior autonomia e independência.
A instituição atende hoje cerca de 70 pacientes em suas três unidades instaladas na capital pernambucana. A mais recente, inaugurada no segundo semestre do ano passado, é voltada para a primeira infância (0 a 7 anos). Já as outras duas são voltadas para infância e pré-adolescência (7 aos 14 anos) e adolescentes e jovens adultos.