![Paulo César Santana (último à direita) ministra cursos de mergulho de apneia (Reprodução/Rede social) Paulo César Santana (último à direita) ministra cursos de mergulho de apneia (Reprodução/Rede social)]() |
Paulo César Santana (último à direita) ministra cursos de mergulho de apneia (Reprodução/Rede social) |
Paulo César Santana é especialista em mergulho, com quase 40 anos de experiência em treinamento e credenciado pela SNSI, uma certificadora internacional. A reportagem do Diario de Pernambuco o procurou para comentar sobre a tragédia ocorrida na piscina do Náutico, no último domingo (6), quando o aspirante a bombeiro Luiz França, de 27 anos, se afogou durante um treino de apneia, técnica de mergulho sem uso de ar comprimido.
Paulo foi enfático ao falar sobre o caso: “Esse treinamento precisa de um monitoramento de um profissional qualificado para fazer o acompanhamento”, explicou. “Eu ministro cursos lá (no Náutico) e já vi algumas pessoas fazendo esse treinamento sem o monitoramento. Sempre corre o risco de alguém apagar”.
O especialista conta que é imprescindível fazer o curso de mergulho de apneia para desenvolver a técnica. “No curso, a gente entende os motivos de um apagamento e aprende a fazer os ciclos de respiração da forma correta para evitar esse tipo de situação”.
Paulo disse que somente com o laudo médico é que se poderia cravar o que de fato aconteceu com Luiz no fundo da piscina do Náutico. “Mas, pela minha experiência na área, uma das possiblidades que vejo é que ele pode ter ficado hiperventilado, vindo a apagar. Mas para isso é preciso descartar outras situações, como mal súbito. Só com o laudo podemos ter a certeza”, concluiu.