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AGRESSÃO

Criança autista é agredida por colegas em escola estadual no Dia Mundial do Autismo

O caso aconteceu na quarta-feira (2), dentro da Escola Estadual Coronel José Pinto de Abreu, localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado

Publicado em: 07/04/2025 12:22 | Atualizado em: 07/04/2025 16:05

 (Foto: Reprodução/ Google fotos)
Foto: Reprodução/ Google fotos
Uma aluna de 12 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredida por colegas dentro da Escola Estadual Coronel José Pinto de Abreu, localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. O caso aconteceu na última quarta-feira (2), no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. 

O caso veio a público após a mãe da estudante denunciar a agressão e registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Goiana, relatando que a filha precisou de atendimento médico após o ataque. 

De acordo com testemunhas, a criança foi levada à Urgência Traumatológica do Hospital Belarmino Correia após perder a consciência em razão das agressões. Os exames apontaram contusões no rosto e escoriações. A menina precisou ficar em observação médica devido às pancadas sofridas na cabeça. 

O que diz a Secretaria de Educação do Estado 

A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE) informou, por meio de nota, que uma equipe da Gerência Regional de Educação (GRE) Mata Norte foi encaminhada à escola para uma escuta com estudantes e familiares sobre o ocorrido que envolveu quatro alunas durante o intervalo. 

"A gestão da unidade de ensino prontamente dissipou o conflito, tomou as medidas cabíveis e entrou em contato com os familiares. Nenhuma das envolvidas ficou gravemente ferida e precisou de pronto atendimento. O Conselho Tutelar e a Patrulha Escolar foram acionados, seguindo o protocolo para casos de agressão no ambiente escolar", diz a pasta.

A Secretaria destacou que "está à disposição das autoridades para esclarecimentos e reforça que promove, em sua proposta político-pedagógica, ações voltadas para a cultura de paz com toda a comunidade escolar".

A SEE informou ainda que a estudante agredida é atendida pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) diante do seu quadro clínico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Déficit Cognitivo, não havendo laudo descritivo de Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentado à escola.

"O AEE, em articulação com a família, está mapeando quais cuidados clínicos a estudante recebe, a fim de promover sua reorganização mental e seu retorno à escola de forma segura para si e para toda a comunidade escolar. Em parceria com os professores regulares, o AEE também cria estratégias pedagógicas para não ocorrer prejuízo significativo no processo de aprendizagem da estudante", finalizou a Sceretaria.

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