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Tapumes no Cais José Estelita mostram que parque público está saindo do papel

Consórcio Novo Recife deverá divulgar mais detalhes sobre projeto no final deste mês.

Publicado em: 04/04/2025 07:00 | Atualizado em: 14/04/2025 12:40

 (Francisco Silva/DP Foto)
Francisco Silva/DP Foto

Quem circula pelo Cais José Estelita já deve ter notado a mudança na paisagem da região do antigo Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, ao lado do viaduto de mesmo nome, no bairro de São José. Desde o início desta semana, o local está sendo isolado por tapumes de alumínio, o que significa que o parque público previsto no projeto Novo Recife começará a sair do papel. O prazo de entrega deverá ser anunciado no final deste mês. 

 

A construção do parque faz parte do modelo final acordado, em junho do ano passado, pelo Consórcio Novo Recife – encabeçado pela Moura Dubeux; a Prefeitura do Recife (PCR); e a Advocacia-Geral da União (AGU) com o objetivo de integrar ao projeto, a área do histórico Pátio Ferroviário das Cinco Pontas. A integração envolve a criação deste parque com a recuperação e proteção dos elementos da memória ferroviária tombados existentes no local. 

 

O acordo também prevê a remoção do muro da Avenida Sul para ligação entre os bairros do Cabanga e São José. Segundo a Moura Dubeux, o “parque linear será uma área de lazer e convivência para a cidade, integrando-se ao projeto de urbanização da região. Sua estrutura contará com espaços verdes, áreas de contemplação e equipamentos para uso da população”.  

 

Na época da assinatura, o prefeito João Campos enfatizou que a área pública passou dos iniciais 50 mil metros quadrados para quase 100 mil metros quadrados.

 

O acordo estabeleceu ainda que, em troca da regularização da área, o Consórcio se comprometia a investir R$ 21 milhões na recuperação de equipamentos federais históricos, que são o areeiro, a oficina de locomotivas, a caixa d’água e o tanque de combustível, e também deve indenizar a União em R$ 900 mil pelos trechos sobrepostos, que passarão a ser área privada de uso público.

 

O pátio ferroviário de 55,6 mil metros quadrados corresponde a um terço do terreno que era de propriedade da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), extinta em 2007. É a área operacional do terreno, que não foi leiloada quando a União decidiu se desfazer dos imóveis da RFFSA, e pertence hoje ao Dnit. Com construções que datam de 1858, o pátio foi o incluído em 2015 na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário pelo Iphan.

 

A Moura Dubeux assegurou que os galpões que, hoje, compõem a paisagem local serão restaurados, respeitando “a sua relevância arquitetônica e cultural”. A destinação final deles ainda está sendo alinhada em conjunto com os órgãos públicos. Os empreendedores garantem que “o cronograma de entrega segue o planejamento definido com as autoridades envolvidas”.



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