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Foto: Arquivo/TJPE |
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) registrou avanços significativos na produtividade desde a implementação da Central Judiciária de Processamento Remoto do 1º Grau (Cenjud), novo modelo de gestão processual, implantado desde abril do último ano.
Segundo o órgão, neste período de atuação, o acervo processual do 1º grau caiu de 1.516.768 processos em maio de 2024 para 1.370.806 em março deste ano, representando uma redução de 9,62%. Além disso, a criticidade processual foi reduzida de 440.982 para 298.154 no mesmo período, uma queda expressiva de 32,39%.
Outro dado que demonstra o impacto positivo da iniciativa, implantada pelo presidente, Ricardo Paes Barreto, é a redução no tempo médio de cumprimento dos atos cartorários. Em outubro de 2024, esse prazo era de 126,3 dias. No último dia 21 de março, o índice caiu para 78,89 dias, menor patamar registrado desde a criação da Cenjud.
Além disso, entre 2 de maio de 2024 e 20 de março de 2025, as novas diretorias movimentaram 1.684.269 processos e realizaram 10.823.015 atos cartorários, resultando no arquivamento de 758.652 processos.
Esses avanços contribuíram para a melhora do Índice de Atendimento à Demanda (IAD), um dos principais indicadores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Como funciona
Antes da implantação da Cenjud, cada vara possuía um juiz e uma equipe fixa de servidores, o que gerava discrepâncias de desempenho entre as unidades. Algumas varas apresentavam excelentes resultados, enquanto outras enfrentavam dificuldades para cumprir as metas.
Com a criação das 12 Diretorias Remotas, a distribuição do trabalho passou a ser mais equilibrada. Agora, os servidores atendem a todos os magistrados, permitindo que unidades sobrecarregadas recebam reforço quando necessário.
Essa reorganização eliminou a existência de servidores exclusivos para determinadas varas, garantindo um atendimento uniforme e impessoal. Como resultado, advogados em início de carreira recebem o mesmo nível de atendimento que profissionais de grandes escritórios.