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COLABORAÇÃO

Mãe do garoto assassinado em Tabira faz campanha de arrecadação online

Giovanna Ramos, cuja responsabilidade no crime será investigada a pedido do Ministério Público de Pernambuco, lançou campanha no Vakinha pedindo ajuda para 'novo recomeço'

Publicado em: 20/03/2025 10:05 | Atualizado em: 20/03/2025 10:11

 (Reprodução/Site Vakinha)
Reprodução/Site Vakinha
Giovanna Ramos, a mãe do garoto Arthur, assassinado no último dia 16 de fevereiro, em Tabira, pede ajuda para um “novo recomeço”. Ela criou uma campanha no site de doação online Vakinha, na terça-feira (14), com a meta inicial de arrecadar R$ 500,00. Até as 9h desta quinta-feira (20), R$ 353,54 haviam sido doados.

“Sou a mãe do Arthur!pequeno tutu de 2 anos 
Não conhece minha história entre no Instagram gi_ramos00 
Depois de ter perdido tudo família moradia meu móveis  tudo preciso recomeçar do 0 meus seguidores falaram pra fazer uma vaquinha para me ajuda e aqui estou eu porque sei que Deus está abrindo portas…”

Diz o texto da campanha no Vakinha, cuja meta inicial era de R$ 1 mil e foi reduzida para a metade no dia seguinte ao que entrou no ar. Até o momento em que este texto foi escrito, 34 pessoas colaboraram com Giovanna.

Resumo do caso Arthur

O garoto Arthur, de 2 anos, foi torturado e assassinado, no dia 16 de fevereiro, quando estava sob os cuidados de Antônio “Frajola” Lopes Severo e Giselda de Souza Andrade. O casal fugiu e, dois depois, foi preso pela polícia. 

Na chegada à Delegacia de Tabira, Frajola foi retirado da viatura e linchado por moradores revoltados da cidade. Giselda prestou depoimento e seguiu para o presídio de Buíque, onde aguarda julgamento.

Na última segunda-feira (17), a Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou para o Ministério Público de Pernambuco. No dia seguinte, no entanto, o MPPE o devolveu para a PC pedindo novas diligências e investigações a respeito de uma possível responsabilidade da mãe de Arthur no crime.

Alegando estar buscando emprego na Paraíba, Giovanna Ramos havia deixado o filho sob os cuidados de Antônio “Frajola” e Giselda, ambos com passagem pela Polícia devido a envolvimento com entorpecentes. 

Durante as primeiras investigações após o crime, a delegada de Tabira, Joedna Soares, havia levantado a possibilidade da mãe de Arthur vir a ser responsabilizada por deixa a criança com terceiros, uma vez que tinha familiares na cidade.

Postagens de Giovanna no seu perfil do Instagram mostravam desprezo com o filho. Em um vídeo, ela chegou a afirmar “Eu sinto nojo quando ouço esse choro forçado, sinto nojo”, quando Arthur interrompeu a gravação de uma live.

Vakinha

No mercado há mais de 15 anos, a Vakinha se denomina o maior site de doações online do Brasil e está envolvido com grandes campanhas de causa social e ambiental, juntamente com ONG’s e empresas de todo porte. 

Mas qualquer pessoa pode lançar uma campanha no site pedindo colaborações com objetivos pessoais, como no caso de Giovanna. Basta criar uma conta no Vaking, definir objetivos e valor da meta a ser alcançada. A partir daí, divulgar e compartilhar nas redes sociais em busca de doações.

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