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Rafael Vieira/DP |
Na próxima quarta-feira (26), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) poderá oficializar o tombamento definitivo da Estação Ferroviária do Brum, no Recife. A decisão será tomada durante a 107ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural e, se aprovada, marcará um feito inédito para o estado: a primeira inscrição de um patrimônio ferroviário pernambucano nos Livros do Tombo Histórico e de Belas Artes, garantindo sua proteção ao nível federal.
Inaugurada em 1881, a estação desempenhou um papel estratégico no transporte de passageiros e mercadorias, conectando Pernambuco a outros estados do Nordeste. Além de sua relevância funcional, o edifício se destaca pela imponência de sua arquitetura neoclássica, sendo um exemplar significativo do patrimônio ferroviário brasileiro. Atualmente, o espaço abriga o Memorial da Justiça de Pernambuco, que funciona como centro cultural, oferecendo museu, biblioteca e arquivo histórico.
O tombamento definitivo da estação representa um avanço na preservação da memória ferroviária e na valorização do patrimônio arquitetônico da capital pernambucana. O reconhecimento por parte do Iphan poderá contribuir para a captação de recursos para a manutenção do prédio, além de fomentar o turismo e a educação patrimonial na região.
A reunião do Conselho Consultivo do Iphan está marcada para as 14h e será transmitida ao vivo pelo canal do instituto no YouTube. Além da Estação do Brum, o colegiado avaliará o tombamento das Freguesias Luso-Brasileiras na Grande Florianópolis (SC) e o registro do Kene Ku%u0129, conjunto de grafismos tradicionais do povo Huni Ku%u0129, localizado na Amazônia Ocidental, na fronteira entre Brasil e Peru, como Patrimônio Cultural do Brasil.
Caso a decisão do tombamento seja favorável, Pernambuco dará um passo importante na preservação de sua história ferroviária, garantindo que um dos marcos da infraestrutura de transportes do século XIX continue a fazer parte da identidade cultural do estado.