Rain26° / 27° C

Pernambuco

Alvo de operação que bloqueou quase R$ 39 milhões, quadrilha é responsável por dez homicídios

A quadrilha movimentou mais de R$ 38,8 milhões em dois anos

Publicado em: 07/02/2025 13:32

 (Foto: Polícia Civil )
Foto: Polícia Civil
A facção criminosa, alvo de operação da Polícia Civil, nesta sexta-feira (7), foi responsável por, pelo menos, 10 homicídios na Zona Sul do Recife. Segundo a Corporação, todos aconteceram por disputas territoriais. 

A quadrilha é especializada em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios. Além disso, movimentou mais de R$ 38,8 milhões, que foram bloqueados pela Justiça. 

A Operação Ibiza leva esse nome por conta do flat em que foi deflagrada, em Boa Viagem, na Zona Sul. Nesse mesmo flat, em outubro de 2022 o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), prenderam, em flagrante, um homem com 1,3 toneladas de maconha prensada. Ele era o líder desse grupo. Em seguida, em 2024, foi feita uma outra grande apreensão de drogas dessa mesma organização. 

Até o momento, 9 pessoas foram presas, dos 11 mandados de prisão emitidos, e foram cumpridos 16 de busca e apreensão, dos 19.

Os mandados foram cumpridos no Recife, Olinda, Abreu e Lima, Camaragibe, Igarassu, Paulista, São Lourenço da Nata, Santa Cruz do Capibaribe, Itaquitinga, Itamaracá (Pernambuco); Curitiba e Colombo (Paraná);Taguatinga (Distrito Federal).

Segundo Diego Pinheiro, gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigação iniciou após um aumento de assassinatos nos bairros de Boa Viagem, Brasília Teimosa e no Pina, em 2024. 

“E verificamos que a partir do significativo aumento nos casos de homicídio nessa região, que essa organização criminosa estava envolvida, sim. Identificamos que eles estavam em uma disputa territorial com outro grupo, no qual o líder também está preso, só que no estado do Rio de Janeiro”, explicou o delegado. 

Para o delegado, o objetivo primordial “era prender esses outros integrantes, bem como fazer a asfixia financeira dessa organização, no intuito de desestruturá-la por completo”. 

Sobre a lavagem de dinheiro, o delegado explicou que o grupo usava laranjas, que “muitas vezes, não tinha ligação com a organização criminosa, que estavam com o seu CPF e, também, através de empresas de fachada”. 

A Polícia afirmou que, mesmo preso, o líder da quadrilha continuava a passar informações para seus subordinados, por isso, foi transferido para o Presídio de Tacaimbó em 2024.

Mais notícias