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Foto: Alepe |
A "guerra" de torcidas antes do clássico de sábado (1º), que deixou apavorados moradores do Grande Recife, teve repercussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda (3), na reabertura dos trabalhos do Legislativo.
Com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB), o líder da Oposição na Casa, Diogo Moraes (PSB), fez um discurso em que citou a população "refém da violência.
Segundo ele, os "episódios de extrema violência antes do jogo", demonstram “a completa inabilidade” da atual gestão em atuar preventivamente no monitoramento de grupos criminosos que se dizem "torcedores".
É preciso lembrar que até 2023, o PSB comandava o governo de Pernambuco. O atual secretário de Defesa Social, Alessandro Carvaalho, foi titular da mesma pasta na gestão de Paulo Câmara (PSB).
"A SDS foi devidamente alertada para confrontos. Mesmo assim, a população foi largada à própria sorte, diante da barbárie", declarou Moraes. Sobre o secretário Alessandro Carvalho, o líder da oposição na Alepe afirmou que ele "não admitiu falhas na segurança".
"Tamanha soberba precisa acabar. É preciso ter humildade e reconhecer pontos de melhoria, além de convidar demais atores, inclusive a Assembleia, para fazerem parte dessa solução ", declarou.
Ainda segundo Diogo Moraes, depois da "tragédia", o governo anunciou medidas "paliativas inócuas", na base do improviso, com prejuízo ao esporte pernambucano, apenas para dar resposta à população, que clama por segurança".
Presente ao plenário, a governadora Raquel Lyra, ex-deputada estadual por dois mandatos, afirmou que "o que aconteceu aqui em Pernambuco, algo intolerável".
“Temos trabalhado com todas as nossas forças operacionais junto ao MPPE, ao Tribunal de Justiça, a inteligência das nossas polícias para a identificação dos responsáveis. Já tem gente presa, gente indiciada, e continuamos trabalhando para garantir a volta da tranquilidade, da normalidade na frequência dos estádios de futebol. Pernambuco sempre foi sinônimo de alegria no futebol”, disse a gestora.
Raquel ainda destacou que “os times e torcedores querem ir para o estádio em paz, infelizmente temos, dentro de torcidas organizadas, torcedores que não são torcedores, vestidos de camisa de torcedor, mas que são pessoas que infringem a lei e continuam frequentando os estádios, mas não farão mais”.
“Fizemos um trabalho junto ao MPPE, que expediu uma recomendação para que não houvesse torcida nos estádios até que os clubes pudessem prover cadastramento biométrico, reconhecimento facial, e que de fato de compra a lei e decisão judicial transitada e julgada. Torcida irregular não pode estar funcionando dentro dos clubes e participando dos jogos", afirmou
"As investigações estão acontecendo. A grande maioria dos torcedores vão com o coração em paz. Infelizmente, há torcidas que não são torcidas, descumpridores da lei vestidos com camisa de clube de futebol, que causaram terror na cidade, e que praticam vandalismo e cenas bárbaras. Vamos continuar trabalhando com a força integral de inteligência policial para banir essas pessoas não só do futebol - os clubes fazerem isso - mas das ruas de Pernambuco”, finalizou a governadora.