![(Foto: Mareu Araújo/DP Foto) (Foto: Mareu Araújo/DP Foto)]() |
Foto: Mareu Araújo/DP Foto |
Uma bebê de pouco mais de quatro meses foi encontrada sob uma árvore, nesta quinta-feira (20), na rua Zeferino Agra, no Arruda, na Zona Norte do Recife. Segundo moradores e comerciantes, aquela área é usada para descarte irregular de lixo, com presença constante de ratos, escorpiões, moscas e baratas.
Dono de um restaurante na região, Luciano Ribeiro relata que um homem em situação de rua, que frequenta a vizinhança, teria encontrado a recém-nascida abandonada em meio à sujeira.
“Ele disse que pegou a menina e entregou para uma moça. Ele ficou todo feliz me contando, sabe? Estava orgulhoso porque tinha feito tudo direitinho. Perguntei de quem era a criança. Ele respondeu que não sabia, só tinha achado no entulho”, diz.
No local, a reportagem constatou diversas lonas, isopores, sacolas plásticas, embalagens plásticas e até roupas e partes de móveis descartados. Havia mau cheiro e muitas moscas.
Em fotos divulgadas nas redes sociais, a criança aparece sorrindo e aparenta estar bem. Em nota, a Polícia Militar informou que ela é saudável. Quando foi encontrada, não chorou nem tinha marcas pelo corpo.
Ainda conforme a PM, a criança estava sem qualquer identificação. Ela foi deixada ao lado de uma bolsa que continha três fraldas descartáveis, uma escova e uma mamadeira.
A bebê recebeu atendimento médico e ficou sob os cuidados da assistência social do Hospital Barão de Lucena, na Iputinga, na Zona Oeste. O Conselho Tutelar já está com a criança, que não havia sido registrada pelos pais.
As circunstâncias do abandono ainda são desconhecidas. Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que a investigação está sob a coordenação do Departamento de Polícia da criança e do Adolescente (DPCA). A mãe da criança, uma adolescente de 17 anos, foi localizada e encaminhada para a delegacia.
No hospital, parentes da criança aguardavam por notícias da bebê. Em breve conversa, disseram que a mãe estaria fisicamente saudável, mas com problemas psicológicos. Os familiares não quiseram conceder entrevista.