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Ameciclo lamenta morte de ciclista e critica Prefeitura do Recife

Luciana foi atropelada na manhã desta quinta-feira (27), enquanto pedalava na ciclovia da Avenida Mário Melo, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, que está parcialmente interditada por obras

Publicado em: 27/02/2025 15:00 | Atualizado em: 27/02/2025 17:06

 (Francisco Silva/DP Foto)
Francisco Silva/DP Foto
A Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) lamentou a morte da ciclista Luciana Regina Cajaseiras de Gusmão, de 36 anos, e fez uma crítica a Prefeitura do Recife e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) pela falta de infraestrutura segura para ciclistas na cidade.  

Luciana foi atropelada na manhã desta quinta-feira (27), enquanto pedalava na ciclovia da Avenida Mário Melo, no bairro de Santo Amaro, na Área Central do Recife, que está parcialmente interditada por obras. Testemunhas relataram que ela caiu no leito viário ao cruzar com outro ciclista e foi atingida por um táxi que trafegava no local. 

A entidade denunciou o aumento das mortes no trânsito e questionou o poder público de priorizar investimentos para a circulação de automóveis em detrimento da segurança dos ciclistas. 

De acordo com a Associação, Luciana é a sétima ciclista morta no trânsito do Recife em um curto intervalo de tempo, classificando a situação como uma "chacina".  

Segundo a entidade, a ciclovia onde ocorreu o acidente nunca recebeu uma estrutura provisória de segurança, obrigando ciclistas a dividir um único lado da via para os dois sentidos.  

No texto publicado nas redes sociais, a entidade criticou a postura da Prefeitura e do Governo do Estado, destacando a falta de investimentos em infraestrutura cicloviária segura. A Ameciclo também denunciou a ausência de fiscalização eletrônica e a precariedade da sinalização na via. 

"Val, Sandro, Gaby, Nelson, Yelida, Marcelo e Luciana são as mais recentes vítimas de uma onda de mortes no trânsito, em vias que há anos deveriam ter ciclovias seguras e amplas e velocidades condizentes com a vida, mas continuam perigosas não somente pela omissão, mas também pela deliberada ação do poder público", afirmou a associação. 

A Ameciclo também apontou que os dados da própria Prefeitura indicam que o número de ciclistas mortos no trânsito já supera o de usuários de automóveis e que houve um aumento de 37% nas mortes no trânsito entre 2022 e 2023. "Nossas previsões são de que esse número dobrará neste ano", alertou. 

A entidade responsabilizou diretamente a CTTU pela morte de Luciana, argumentando que a falta de uma estrutura provisória de segurança foi decisiva para o acidente. "Recife mata ciclistas! Basta de mortes no trânsito!", concluiu a associação, manifestando pesar pela morte de Luciana e solidariedade à sua família e amigos.

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