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Horas após demolição, muro do Pontal de Maracaípe é reconstruído por deputado e empresário

O muro foi demolido na manhã desta terça-feira (14) pelo CPRH

Publicado: 14/01/2025 às 22:48

/Foto: Reprodução/Instagram

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Horas após a demolição do muro de troncos de coqueiro localizado na praia de Pontal de Maracaípe, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, o deputado federal Coronel Meira (PL) gravou um vídeo informando que a estrutura está sendo reconstruída. O muro foi derrubado na manhã desta terça-feira (14) pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Na gravação feita na noite desta terça-feira, o deputado aparece ao lado do empresário João Vita Fragoso de Medeiros, proprietário do terreno e responsável pela construção da barreira. O muro foi erguido em maio de 2023, mas comerciantes, moradores e turistas denunciaram que a estrutura dificultava o acesso à praia. 

No vídeo, o deputado afirma que a ação da CPRH de demolir o muro foi “ilegal” e destaca que está recompondo o muro que “foi devidamnte autorizado pela Justiça”. Na época da construção, a construção do muro foi autorizada com o argumento de preservação ambiental do local.

“Vejam que o mangue está sendo totalmente preservado e foi replantado. Com a  retirada do muro corre um sério risco deste mangue acabar”, disse o deputado, cobrando projetos que ajudem os barraqueiros e jangadeiros da localidade.

O CPRH informou ao Diario de Pernambuco que a retirada dos troncos de árvores da praia seria continuada na manhã desta quarta-feira (15). Até o momento a Agência não soube informar quais medidas serão tomadas.

De acordo com o empresário João Vita Fragoso, o muro foi derrubado sem a apresentação de mandado ou oficial de Justiça. A demolição foi acompanhada pela Polícia Militar, por meio da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma).

A derrubada da barreira foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em 22 de outubro do ano passado após o  empresário João Fragoso se negar a remover a edificação, que tinha 576 metros de extensão.  

Além disso, o TJPE determinou que o responsável pela obra retire todo o material da demolição de fora da propriedade.

De acordo com o CPRH, o muro causa "danos à vegetação de restinga, está impedindo a desova de tartarugas, restringindo o acesso da população à praia, causando desequilíbrio na disposição de sedimentos na área e agravando o risco de erosão costeira no seu entorno".
 
 
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